DEFESA DA FE.


sábado, 30 de abril de 2011

Sex shop e Swing gospel era o que faltava.


O portal O Galileo anunciou em seu site o mais novo empreendimento gospel. A nova empreitada se constitui na criação de um Sex shop, onde além de oração,  cliente pode encontrar brinquedos  e estimuladores sexuais cristãos. O site pioneiro “Book22.com” começou em 2008. A proprietária, Joy Wilson, disse em entrevista ao site religioso “NPR.com” que ao procurar alguns brinquedos pela internet para melhorar a vida entre quatro paredes com o seu marido, ambos se depararam com pura pornografia. Não era isso que procuravam: “Fiquei muito surpresa que era tão ruim”. Por isso, ela resolveu começar seu próprio sex shop "livre de pecados". O site comercializa livros, brinquedos e até mesmo conselhos sexuais e amorosos. O nome da loja faz referência ao salmo 22 da bíblia. 

Pois é, se não bastasse isso, há pouco fiquei sabendo da notícia de que uma pessoa colocou um anuncio em um site interessado em encontrar parceiros evangélicos para a prática do swing gospel.  Sinceramente o nível de promiscuidade de alguns daqueles que se denominam evangélicos é apavorante. 

Diante de tanta promiscuidade, sou levado a acreditar  que definitivamente chegamos ao fundo do poço. Confesso que assusta-me o fato de saber que o pecado esteja sendo tratado de forma tão banal pela Igreja de Cristo. Diante disto tudo a impressão que tenho é os evangélicos outrora compromissados com as Escrituras, "catolificaram"a fé, tornando-se assim meros evangélicos nominais.

Diante do exposto,  chego a conclusão que em hipótese alguma devemos aceitar como normal este tipo de  prática e comportamento. Tenho plena convicção de que os verdadeiros cristãos, não devem se curvar diante da imoralidade que tem destruído parte da sociedade brasileira. Como discípulos de Senhor, temos por missão anunciar a esta geração, o Evangelho da Salvação Eterna, cujo conteúdo confronta o homem em seus delitos e pecados.

Caro leitor, fomos chamados pelo Senhor a vivermos de modo absolutamente diferente dos que compõem esta geração. Compromisso com a moral, decência e santidade devem fazer parte da vida daqueles que nasceram de novo, levando-nos a exalar sobre os que se encontram em estado de putrefação espiritual o bom perfume de Cristo.

Pense nisso!

Renato Vargens

sexta-feira, 29 de abril de 2011

David Wilkerson profetizou sua morte em sua última mensagem?

David Wilkerson profetizou sua morte em sua última mensagem?

"Não foi um acidente. Não foi uma falha de tua parte."


David Wilkerson


Crer quando todos os recursos fracassam agrada sumamente a Deus e é plenamente aceito por Ele. Jesus disse a Tomé: "Porque me viste, creste. Bem-aventurados os que não viram, e creram" (Jo.20:29).

Bem-aventurados os que crêem quando não há evidência de uma resposta à sua oração. Bem-aventurados aqueles que confiam além da esperança quando todos os meios têm fracassado.

Alguém tem chegado a um lugar de desespero, ao final da esperança e ao término de todo recurso. Um ente querido enfrenta a morte e os médicos não dão esperança. A morte parece inevitável. A esperança se foi. Orou pelo milagre mas este não ocorreu.

É neste momento, quando as fortalezas de Satanás se dirigem a atacar sua mente com medo, ira e questionamentos esmagadores como: "Onde está Deus? Você orou até não restar mais lágrimas, jejuou, parmaneceu nas promessas e confiou". Pensamentos blasfemos tomam a sua mente: "A oração falhou, a fé falhou. Não vou abandonar mais a Deus, porém jamais voltarei a confiar n'Ele. Não vale a pena!" Até perguntas sobre a existência de Deus  vêm à sua mente.

Tudo isto tem sido o mecanismo empregado por Satanás por séculos. Alguns dos homens e mulheres mais piedosos de todos os tempos viveram tais ataques demoníacos.

Para aqueles que passam pelo vale da sombra da morte, ouçam estam palavra: O pranto durará algumas escuras e terríveis noites, mas em meio a esta escuridão, de repente você ouvirá o sussurro do Pai: "Eu estou contigo. Neste momento não posso dizer-te o porquê, porém um dia tudo fará sentido. Verás que tudo era parte do meu plano. Não foi um acidente. Não foi uma falha de tua parte. Agarra-te forte. Deixe que te abrace nesta hora de dor." 

Amado, Deus nunca jamais deixou de agir com bondade e amor. Quando todos os recursos falham, Seu amor prevalece. Mantenha a tua fé. Permaneça firme em Sua Palavra. Não há outra esperança neste mundo.


Esta devocional foi publicada ontem no site do seu ministério, no mesmo dia em que ocorreu o trágico acidente. 


David Wilkerson morreu ontem num acidente automobilístico, no estado do Texas, Estados Unidos. Ele dirigia um sedã Infinity e colidiu de frente com um caminhão. De acordo com o Departamento de Segurança daquele estado, Wilkerson não estava usando cinto de segurança. A esposa do ministro, Gwen Wilkerson, de 70 anos, usava o cinto e sobreviveu. Ela foi transportada de helicóptero para o East Texas Medical Center, de Jacksonville, e seu estado é grave. O motorista do caminhão, Frederick Braggs, de 38 anos, foi atendido no mesmo hospital, mas sofreu apenas ferimentos leves.

David Wilkerson é conhecido mundialmente pelo seu trabalho na evangelização de drogados e jovens marginais e também pelo livro A cruz e o punhal,  que relata os primeiros anos de seu ministério. Ele é o fundador do Desafio Jovem, entidade internacional dedicada a recuperar jovens do mundo das drogas e do crime.

A morte de David Wilkerson, aos 79 anos, também cala uma das vozes mais poderosas contra os desvios doutrinários e as aberrações comportamentais que invadiram a Igreja nos últimos anos. Ele se mostrava profundamente angustiado com a situação e com a letargia do povo de Deus diante do avanço desses modismos, cobrando uma atitude dos cristãos. Ele dizia: “Nós nos agarramos a nossas retóricas religiosas e conversas sobre avivamento, mas nos tornamos tão passivos! A verdadeira paixão nasce da angústia. Toda verdadeira paixão por Cristo vem de um batismo de angústia”. Que a sua morte não seja motivo de esquecermos as suas palavras.


Fontes: CBN, The Washington Post, Palestine Herald Press. Via O Balido

sábado, 23 de abril de 2011

A Cruz de Cristo (sermão completo e inédito, de Paul Washer)

No. 1
Sermão pregado por
Paul David Washer
Pastor e diretor da agência missionária Heartcry


E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Marcos 15:34)

Um de meus maiores pesos é que raramente a cruz de Cristo é explicada. Não é suficiente dizer “Ele morreu” – já que todos os homens morrem. Não é suficiente dizer “Ele morreu nobremente” – já que os mártires fazem o mesmo. Temos que entender que não temos proclamado em sua plenitude a morte de Cristo com poder salvífico até que tenhamos aclarado a confusão que a rodeia e expor seu verdadeiro significado a nossos corações. Ele morreu levando as transgressões de Seu povo sofrendo o castigo divino pelos seus pecados: Ele foi abandonado por Deus e moído debaixo da ira Dele em seu lugar.

I. Desamparado por Deus. Uma das passagens mais inquietantes, e até mesmo que dão calafrios, é o relato nas Escrituras de Marcos sobre a exclamação do Messias ao estar na Cruz romana. Ele exclamou: “Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Marcos 15:34)

À luz do que sabemos sobre a natureza impecável do Filho de Deus e sua perfeita comunhão com o Pai, é difícil entender as palavras de Cristo, porem ainda assim nelas encontramos o significado da Cruz expostas, e encontramos a razão pela qual Cristo morreu. O fato de que Suas palavras estejam também documentadas em hebreu nos diz algo de grande importância para elas. O autor não queria que mal entendêssemos e que não nos escapasse nem uma só coisa!

Nessas palavras, Jesus não só está chamando ao Pai, mas como mestre jubilado, Ele também está dirigindo a seus espectadores, e todos os futuros leitores, a uma das mais importantes profecias messiânicas do Antigo Testamento – o Salmo 22. Ainda que todo o Salmo esteja cheio de profecias detalhadas da Cruz, nos contentaremos somente com seus primeiros seis versículos:

Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido? Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego. Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel. Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste. A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram, e não foram confundidos. Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo (Salmo 22:1-6)

Nos dias de Cristo as Escrituras judaicas não estavam organizadas em capítulos e versículos como as temos hoje. Assim, quando um rabino queria dirigir seus ouvintes a certo Salmo especifico ou tal porção das Escrituras, o fazia recitando as primeiras linhas do texto. Nessa exclamação desde a cruz, Jesus nos dirige ao Salmo 22 e nos revela algo do caráter e propósito de Seu sofrimento.

Nos primeiros dois versículos, escutamos a queixa do Messias: Ele se considera abandonado por Deus. Marcos utiliza a palavra grega egkataleípo, a qual significa desamparado, abandonado, ou desertado. O salmista utiliza a palavra hebréia azab, a qual significa deixar, perder ou desampara. Em ambos os casos, a intenção é clara. O próprio Messias é consciente de que Deus o há desamparado e se pôs de ouvidos surdos a Seu pranto. Esse desamparo não é simbólico nem poético. É real! Se alguma vez alguma criatura sentiu-se desamparada por Deus, essa certamente foi o Filho de Deus na cruz do Calvário!

No quarto e quinto versículo do Salmo, a angústia sofrida pelo Messias se volta mais aguda ao recordar a fidelidade do pacto de Deus para com seu povo. Ele declara: “Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste. A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram, e não foram confundidos.” A aparente contradição é clara. Nunca houve um só momento na história em que o povo pactual de Deus houvesse visto um homem justo clamando a Deus sem ser resgatado. No entanto, o Messias sem mancha dependura-se do madeiro completamente desamparado. Qual poderia ser a razão pelo desamparo de Deus: Por que virou as costas a Seu Filho unigênito?

Entrelaçadas no pranto do Messias se encontram as respostas a essas inquietantes perguntas. No terceiro versículo, Ele faz a inquebrantável declaração de que Deus é Santo, e logo, no sexto versículo, Ele admite a atrocidade – Ele tinha-se convertido em um verme, e já não era homem. Por que o Messias utilizaria tal linguagem pejorativa consigo mesmo? Acaso se enxergava a si mesmo como um verme porque tinha convertido-se o “opróbrio dos homens e desprezado do povo”, ou tinha uma razão mais espantosa para Sua auto-depreciação? Depois de tudo não clamou, “Deus meu, Deus meu, por que me há desamparado o povo?” Mas sim se esforçou em saber por que Deus o tinha feito! A resposta pode ser encontrada em somente uma amarga verdade: o Senhor tinha feito que toda nossa iniquidade caíra sobre Ele, e como um verme, Ele foi desamparado e moído em nosso lugar.

Essa metáfora sombria do Messias agonizante não está somente nessas Escrituras. Existem outras que nos levam mais fundo ao coração da Cruz e abre-nos que “Ele padeça muito” em ordem de obter a redenção de seu povo. Se tememos diante das palavras do Salmista, seremos levados a ouvir aos três vezes Santo Filho de Deus converter-se na serpente levantada do deserto, e depois, no cordeiro expiatório que carregava o pecado e que era deixada a ir morrer sozinho no deserto.

A primeira metáfora se encontra em Números. Pela constante rebelião de Israel para Deus e seu rechaço de Sua provisão misericordiosa, o Senhor enviou “serpentes ardente” entre o povo e muitos morreram. No entanto, como resultado do arrependimento do povo e da intercessão de Moisés, Deus mais uma vez deu provisão para sua salvação. Ele ordenou a Moisés: “Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para ela.” (Números 21:8)

A princípio parece contraditória a lógica que “a cura tivesse a semelhança daquele que havia ferido”. No entanto, dá uma poderosa imagem da cruz. Os israelitas estavam morrendo do veneno das serpentes ardentes. O homem morre do veneno de seu próprio pecado. A Moisés lhe havia sido ordenado colocar a causa da morte no alto em uma haste. Deus colocou a causa de nossa morte sobre Seu próprio Filho ao levantá-lo alto sobre a cruz. Ele tinha vindo “semelhança da carne do pecado” (Romanos 8:3), e foi feito “pecado por nós.” (2 Coríntios 5:21) Os israelitas que cressem a Deus e olhassem para a serpente de bronze viveriam. O homem que crê no testemunho de Deus segundo Seu Filho e lhe vê em fé, será salvo. Como está escrito, “olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.” (Isaías 45:22)

A segunda metáfora encontra-se no livro sacerdotal de Levítico. Como era impossível que um só sacrifício ilustrasse o simbolizasse completamente a morte expiatória do Messias, um sacrifício envolvendo dois cordeiros foi posto diante do povo. O primeiro cordeiro foi imolado como oferenda expiatória perante o Senhor, e seu sangue foi aspergido na frente do propiciatório da parte de trás do véu do santo do santos. Isso simbolizava a Cristo quem derramou Seu sangue na cruz para expiar pelos pecados de Seu povo. O segundo cordeiro era apresentado diante do Senhor como cordeiro expiatório. O Sumo sacerdote “porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, e todos os seus pecados.” (Levítico 16:21) O cordeiro então era enviado ao deserto levando a iniquidade do povo a um lugar erro. Ali vagava sozinho, desamparado de Deus e cortado do meio do povo. Simbolizava a Cristo quem “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro” (1 Pedro 2:24) sofreu e morreu sozinho “fora do arraial.” O que era simbólico na Lei voltou-se em uma realidade insuportável para o Messias.

Não é assombroso que um verme, uma serpente venenosa, e um cordeiro sejam postos como tipos de Cristo? Identificar ao Filho de Deus com coisas “aborrecíveis” seria blasfemo se não viesses dos santos do Antigo Testamento “inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1:21) e confirmadas pelos autores do Novo Testamento que vão mais alem nas sombrias descrições. Debaixo da inspiração do Espírito Santo  eles são o suficientemente audazes para dizer que aquele que não teve pecado “o fez pecado,” e Ele que foi amado do Pai foi “feito maldição” diante Dele. Temos escutado essas verdades antes, porem, as consideramos o suficiente para sermos quebrantados?

Na cruz, Ele que é declarado “santo, santo, santo” pelo coro dos serafins, se “fez” pecado. A viagem ao significado dessa frase quase parece muito perigosa. Tropeçamos diante do primeiro passo. O que significa que Aquele em quem “nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2:9), se “fez pecado”? Não devemos explicar ligeiramente a verdade tratando de proteger a reputação do Filho de Deus e ainda, devemos ter cuidado de não falar coisas terríveis contra seu caráter impecável e imutável.

Segundo as Escrituras Cristo se “fez pecado” na mesma forma em que os pecadores se “convertem na justiça de Deus” Nele. Na sua segunda epistolo à igreja de Coríntio o apóstolo Paulo escreve: “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21) O crente não é “justiça de Deus” por alguma obra purificadora ou aperfeiçoadora segundo seu caráter que o faça como Deus e sem pecado, mas como resultado da imputação pela qual ele é considerado justo ante Deus pela obra de Cristo para ele. Da mesma maneira Cristo não se fez pecado por ter um caráter manchado ou sujo, mas atualmente convertendo-se depravado, mas como resultado da imputação pelo que foi considerado culpável perante o juízo de Deus para nós. Essa verdade não deve causar que pensemos menos da declaração de Paulo que Cristo se “fez pecado” Ainda que foi uma culpa imputada, foi uma culpa real, trazendo uma inquietante culpa para Sua alma. Ele tomou nossas culpas como suas, esteve em nosso lugar, e morreu desamparado de Deus.

Que Cristo se fez pecado é uma verdade terrível como incompreensível, e ainda justamente quando pensamos que não se pode dizer palavras ais escuras contra Ele, o apóstolo Paulo acende uma lâmpada e nos leva ao fundo da humilhação e desamparo de Cristo. Entramos na caverna mais profunda para encontrar ao Filho de Deus pendurado na cruz e levando seu título mais infame – o maldito de Deus!

As Escrituras declaram que toda a humanidade está sob maldição. Como está escrito, “Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.” (Gálatas 3:10) Desde a perspectiva celestial, aqueles que quebrantam a Lei de Deus são vis e dignos de aborrecimento. São miseráveis, justamente expostos à vergonha divina, e justamente devotos à destruição eterna. Não é um exagero falar que a última coisa o pecador maldito deveria e ouvirá quando ele dê o primeiro passo no inferno é a toda a criação se pondo de pé e aplaudindo a Deus por ter desterrado dele da face da terra. Tal é a vileza daqueles que quebram a Lei de Deus, e tal é o desdém do santo para com o ímpio. E ainda assim o Evangelho nos ensina que “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gálatas 3:30) Cristo converteu-se no que nós éramos em tempo afim de nos redimir do que merecíamos. Ele converteu-se  em um verme e não homem, a serpente alçada no deserto, o cordeiro enviado fora do acampamento, o carregador de pecados, e Aquele sobre o qual a maldição de Deus caiu. É por essa razão que o Pai o rejeitou e todo o céu escondeu seu rosto.

É uma grande volta que o verdadeiro significado da “exclamação da cruz” de Cristo frequentemente tenha se perdido em um clichê romântico. Não é raro ouvir a um pregador declarar que o Pai rejeitou ao Filho porque não podia suportar o sofrimento infligido Nele pelas mãos de homens malvados. Tais interpretações são uma completa distorção do texto e do que atualmente transpirou na cruz. O Pai rejeitou a Seu Filho não porque lhe tenha faltado força para testemunhar seu sofrimento, mas sim porque “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21) Ele colocou nossos pecados sobre Ele e lhe rechaçou porque Seus olhos são demasiadamente puros para aprovar a maldade e não pode ver a maldade com favor.

Não é sem razão que muitos folhetos bíblicos ilustram um abismo entre um Deus santo e o homem pecador. Com tal ilustração as Escrituras estão completamente de acordo. Como o profeta Isaías clamou: “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” (Isaías 59:1-2) É por isso que todos os homens teriam vivido e morrido separados da favorável presença de Deus e debaixo da ira divina se o Filho de Deus não houvesse estado em seu lugar, levando o pecado, e morto “desamparado de Deus” por eles. Para fechar a brecha e restaurar a comunhão, “não convinha que o Cristo padecesse estas coisas?” (Lucas 24:26)

II. Cristo morre sob a ira de Deus. Para obter a salvação de Seu povo, Cristo não somente sofreu o terrível desamparo de Deus, mas Ele tomou a amarga copa da ira de Deus e morreu uma morte sangrenta em lugar de Sua gente. Só então a justiça divina podia ser satisfeita, apaziguar a ira de Deus, e fazer possível a reconciliação.

No jardim, Cristo orou três vezes para que “o cálice” fora removido Dele, mas cada vez Sua vontade entregava-se a vontade do Pai. Devemos nos perguntar: o que esse cálice continha que fizesse com que Ele rogasse fervorosamente? O que continha que causara tal angústia que Seu suor se mesclasse com sangue? Frequentemente é dito que a copa representava a cruel Cruz romana e a tortura física que lhe esperava – que Cristo previu o gato de nove caldas vindo por detrás de suas costas, as coroas de espinhas penetrando sua fronte, e os cravos primitivos que seriam atravessados em Suas mãos e Seus pés. Ainda aqueles que enxergam essas coisas como a fonte de Suas angústias não entendem a Cruz, nem o que ocorreu lá. Ainda que as torturas o cobrissem, pelas mãos humanas, era o plano redentor de Deus, havia algo muito mais sinistro que evocou o clamor de liberação do Messias.

Nos primeiros séculos da igreja primitiva, milhares de cristão morreram em cruzes. É dito que Nero os crucificou ao contrário, os cobriu de alcatrão, e lhes atou fogo para usar como luzeiros nas cidades de Roma. Através das épocas desde então, um sem número de cristão foram levados às mais inquietantes torturas e anda é o testemunho de amigos e inimigos o mesmo que muitos deles foram para a morte com grande sagacidade. Temos de crer que os seguidores do Messias enfrentaram tal morte cruel com gozo indizível, enquanto que ao Capitão de sua Salvação se acovardou no jardim, fingindo a mesma tortura? Acaso o Cristo de Deus temeu ao látego e espinhas, cruzes e lanças, ou será que o cálice representou o infinito terror que vai mais alem que a crueldade humana? 

Para entender o conteúdo sinistro desse cálice, devemos nos dirigir ás Escrituras; Existem duas passagens em particular que devemos considerar – uma no salmo “Porque na mão do SENHOR há um cálice cujo vinho é tinto; está cheio de mistura; e dá a beber dele; mas as escórias dele todos os ímpios da terra as sorverão e beberão.” (Salmos 75:8) e a outra em Jeremias: “Porque assim me disse o SENHOR Deus de Israel: Toma da minha mão este copo do vinho do furor, e darás a beber dele a todas as nações, às quais eu te enviarei. Para que bebam e tremam, e enlouqueçam, por causa da espada, que eu enviarei entre eles.” (Jeremias 25:15-16)

Como resultado da incessante rebeldia dos ímpios, a justiça de Deus havia decretado um juízo contra eles. Justamente derramaria sua indignação sobre as nações; Ele colocaria o vinho de Sua ira em suas bocas e forçaria-lhes a tomar até sua borra. O simples pensamento de que tal destino espera ao mundo é absolutamente terrível, e ainda assim esse teria sido o destino de todos, exceto que a misericórdia de Deus buscou a salvação das pessoas, e a sabedoria de Deus elaborou um plano de redenção ainda desde antes da fundação do mundo. O Filho de Deus se faria homem e caminharia nessa terra em perfeita obediência à Lei de Deus. Ele seria como nós em todos os sentidos, e tentado em todas as maneiras como nós, mas sem pecado. Ele viveria uma vida perfeitamente justa para glória de Deis e em lugar de Seu povo. No tempo designado, Ele seria crucificado em mãos de homens ímpios, e nessa cruz, Ele levaria a culpa de Seu povo, e sofreria a ira de Deus contra eles. O perfeito Filho de Deus e verdadeiro Filho de Adão juntos em uma gloriosa pessoa tomaria a amarga copa da mão de Deus e a tomaria até a borra. Ele a tomaria até que fora “consumada”, e a justiça de Deus fora completamente satisfeita. A ira divina que devia ter sido nossa seria exaurida sobre o Filho, e seria extinta por Ele.

Imagine uma represa que está cheia até o topo e pressionada contra o peso detrás dela. De uma vez o muro protetor é removido e o poder destrutivo é liberado. Como a certeira destruição corre até o povo no vale próximo, de repente a terra se abre diante do povo e traga aquilo que haveria arrasado. Da mesma forma, o juízo de Deus corria diretamente ao homem. Não se podia achar escape na montanha mais alta nem, no abismo mais profundo. Os pés mais velozes não poderia ter escapado, nem o melhor nadador suportar seus tormentos. A represa foi rachada e nada poderia conserta seu dano. Porem, quando toda esperança humana foi esgotada, no tempo oportuno, o Filho de Deus se interpôs. Ele se postou entre a justiça divina e Sua gente. Ele tomou a ira que eles mesmo tinham provocado e o castigo que eles mereciam. Quando Ele morreu nem uma gota do dilúvio restou. Ele a tomou toda!

Imaginem duas pedras de moinho, uma girando acima da outra. Imaginem que entre as pedras existe um grão de trigo que é esmagado pelo grande peso. Primeiro, é moído até ser irreconhecível, e depois suas partes internas são espalhadas e moídas ao pó. Não há esperança de removê-lo ou reconstruí-lo. Tudo se perdeu e está irreparável. De igual maneira, “ao SENHOR agradou moê-lo” (Isaías 53:10), a Seu próprio Filho, e colocá-lo em indescritível angústia. Portanto agradou ao Filho submeter-se a tal sofrimento a fim que Deus fora glorificado e um povo fora redimido. Não é que Deus se tenha agradado ou encontrado prazer no sofrimento de Seu amado Filho, mas por sua morte, a vontade de Deus se cumpriu. Nenhum outro meio tinha poder de remover o pecado, satisfazer a justiça, e apaziguar a ira de Deus contrária a nós. A menos que esse grão de trigo houvesse caído e morto, haveria permanecido sozinha sem um povo ou uma esposa. O prazer não esteve no sofrimento, mas em tudo o que o sofrimento conseguiria: Deus seria revelado em uma glória ainda desconhecida aos homens e anjos, e o povo seria trago  uma relação sem obstáculo com Deus.

Em uma das histórias mais épicas do Antigo Testamento, é ordenado ao patriarca Abraão que levasse a seu filho Isaque ao monte Moriá e ali o oferecesse como sacrifício a Deus. “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.” (Gênesis 22:2). Que carga que foi posta sobre Abraão! Não podemos nem imaginar a tristeza que encheu o coração do homem ancião e a tortura que cada passo da viagem trouxe. As Escrituras são cuidadosas em nos contra que ele foi ordenado a oferecer a seu “filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas.” A especificação parece planejada para chamar nossa atenção e nos fazer pensar que há um significado mais oculto nessas palavras das que podemos enxergar.

No terceiro dia os dois chegaram ao lugar indicado, e o pai mesmo atou a seu amado filho com suas próprias mãos. Finalmente, em submissão ao que deveria fazer, pôs sua mão sobre seu filho, “e tomou o cutelo para imolar o seu filho.” Nesse momento, a misericórdia e graça de Deus se interpuseram, e a mão do ancião foi detida. Deus o chamou desde o céu e disse: “Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho.” (Gênesis 22:12). À voz do Senhor, Abraão levantou os olhos e viu a um carneiro enroscado pelos chifres. Tomou o carneiro e o ofereceu em lugar de seu filho. E logo nomeou o lugar de YHWE-Jireh, ou “O SENHOR PROVERA.” É um dito fiel que permanece até o dia de hoje, “No monte do SENHOR se proverá.” (vers.14) Ao vir o encerramento da cortina desse momento épico na história, não somente Abraão, mas também todos os que leram esse acontecimento dão um suspiro de alívio que o jovem se salvou. Pensamos “que lindo fim”, mas não é o fim, era simplesmente um  entremeio.

Dois mil anos mais tarde, as cortinas voltam a se abrir. O fundo é escuro e sinistro. No centro do cenário está o Filho de Deus no Monte Caveira. Ele está atado pela obediência da vontade de seu Pai. Ele pende levando o pecado de Seu povo. Ele é maldito – traído por sua criação e desamparado de Deus. Então, o silêncio é rasgado com o horrível estrondo da ira de Deus. O pai toma o cutelo, levanta o braço, e sacrifica a seu “teu filho, único filho, a quem amas,” e as palavras do profeta Isaías são cumpridas:

“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados... Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão”. (Isaías 53:4,5,10)

A cortina se fecha com um Filho sacrificado e um Messias crucificado. Diferente de Isaque, não havia carneiro que morresse em Seu lugar. Ele era o cordeiro quem morreria pelos pecados do mundo. Ele é a provisão de Deus para a redenção de Seu povo. Ele é o cumprimento de quem o carneiro de Isaque era só uma sombra. Nele o monte do Calvário é renomeado YHWE-Jireh, ou “O SENHOR PROVERA . É um palavra fiel até o dia de hoje. “No monte do Senhor se proverá.” O Calvário era o monte e a salvação foi providenciada. Assim, o crente discernente clama “Deus, Deus, sei que me ama já que não recusou-me a seu filho, seu único filho.”

É uma injustiça ao Calvário que a verdadeira dor da cruz frequentemente é passada por alto por um tema romântico e menos poderoso. Frequente é pregado que o Pai olhou desde o céu e testemunhou o sofrimento que era acumulado sobre Seu Filho por mãos humanas, e que Ele contou tal aflição como pagamento pelos nossos pecados. Isso é heresia da pior classe. Cristo satisfez a justiça divina não somente suportando a aflição dos homens, mas suportando  e morrendo sob a ira de Deus. Isso toma mais que cruzes, coroas, cravos e lanças, para pagar pelo pecado. O crente é salvo não só porque pelo que fizeram os homens a Cristo na cruz, mas pelo que Deus fez a Ele – Ele o moeu sob toda a força de Sua ira contra nós. Raramente essa verdade se faz suficientemente clara em nossa pregação do evangelho!


FONTE:
Traduzido do espanhol La Cruz de Cristo, tradução de Diego Kim , Bogotá, Colombia com permissão de Heartcry da Iglesia Bautista del Salvador de Barranco http://www.iglesiadelsalvador.com/
PROIBIDA a comercialização e adulteração do conteúdo desse e-book
Sermão nº 1— http://www.heartcry.es/


Tradução: Armando Marcos Pinto

Pregando Cristo Crucificado

Ricardo Gondin diz ser a favor da união civil entre homossexuais e que é o “herege da vez”

gondim Ricardo Gondim: Fui eleito o herege da vez

Deus nos livre de um Brasil evangélico?’ Quem afirma é um pastor, o cearense Ricardo Gondim. Segundo ele, o movimento neopentecostal se expande com um projeto de poder e imposição de valores, mas em seu crescimento estão as raízes da própria decadência. Os evangélicos, diz Gondim, absorvem cada vez mais elementos do perfil religioso típico dos brasileiros, embora tendam a recrudescer em questões como o aborto e os direitos homossexuais.

Aos 57 anos, pastor há 34, Gondim é líder da Igreja Betesda e mestre em teologia pela Universidade Metodista. E tornou-se um dos mais populares críticos do mainstream evangélico, o que o transformou em alvo. “Sou o herege da vez”, diz na entrevista a seguir.
Carta Capital: Os evangélicos tiveram papel importante nas últimas eleições. O Brasil está se tornando um país mais influenciável pelo discurso desse movimento?
RG: Sim, mesmo porque, é notório o crescimento no número de evangélicos. Mas é importante fazer uma ponderação qualitativa. Quanto mais cresce, mais o movimento evangélico também se deixa influenciar. O rigor doutrinário e os valores típicos dos pequenos grupos de dispersam, e os evangélicos ficam mais próximos do perfil religioso típico do brasileiro.
CC: Como o senhor define esse perfil?
RG: Extremamente eclético e ecumênico. Pela primeira vez, temos evangélicos que pertencem também a comunidades católicas ou espíritas. Já se fala em um “evangelicalismo popular”, nos modelos do catolicismo popular, e em evangélicos não praticantes, o que não existia até pouco tempo atrás. O movimento cresce, mas perde força. E por isso tem de eleger alguns temas que lhe assegurem uma identidade. Nos Estados Unidos, a igreja se apega a três assuntos: aborto, homossexualidade e a influência islâmica no mundo. No Brasil, não é diferente. Existe um conservadorismo extremo nessas áreas, mas um relaxamento em outras. Há aberrações éticas enormes.
CC: O senhor escreveu um artigo intitulado “Deus nos Livre de um Brasil Evangélico”. Por que uni pastor evangélico afirma isso?
RG: Porque esse projeto impõe não só a espiritualidade, mas toda a cultura, estética e cosmovisão do mundo evangélico, o que não é de nenhum modo desejável. Seria a talebanização do Brasil. Precisamos da diversidade cultural e religiosa. O movimento evangélico se expande com a proposta de ser a maioria, para poder cada vez mais definir o rumo das eleições e, quem sabe, escolher o presidente da República. Isso fica muito claro no projeto da igreja Universal. O objetivo de ter o pastor no Congresso, nas instâncias de poder, pode facilitara expansão da igreja. E, nesse sentido, o movimento é maquiavélico. Se é para salvar o Brasil da perdição, os fins justificam os meios.
CC: O movimento americano é a grande inspiração para os evangélicos no Brasil?
RG: O movimento brasileiro é filho direto do fundamentalismo norte-americano. Os Estados Unidos exportam seu american way of life de várias maneiras, e a igreja evangélica é uma das principais. As lideranças daqui Ieem basicamente os autores norte-americanos e neles buscam toda a sua espiritualidade, teologia e normatização comportamental. A igreja americana é pragmática, gerencial, o que é muito próprio daquela cultura. Funciona como uma agência prestadora de serviços religiosos. de cura, libertação, prosperidade financeira. Em um país como o Brasil, onde quase todos nascem católicos, a igreja evangélica precisa ser extremamente ágil, pragmática e oferecer resultados para se impor. É uma lógica individualista e antiética. Um ensino muito comum nas igrejas é de que Deus abre portas de emprego para os fiéis.
Eu ensino minha comunidade a se desvincular dessa linguagem. Nós nos revoltamos quando ouvimos que algum político abriu uma porta para o apadrinhado. Por que seria diferente com Deus?
CC: O senhor afirma que a igreja evangélica brasileira está em decadência, mas o movimento continua a crescer.
RG: Uma igreja que, para se sustentar, precisa de campanhas cada vez mais mirabolantes, um discurso cada vez mais histriônico e promessas cada vez mais absurdas está em decadência. Se para ter a sua adesão eu preciso apelar a valores cada vez mais primitivos e sensoriais e produzir o medo do mundo mágico, transcendental, então a minha mensagem está fragilizada.
CC: Pode-se dizer o mesmo do movimento norte-americano?
RG: Muitos dizem que sim, apesar dos números. Há um entusiasmo crescente dos mesmos, mas uma rejeição cada vez maior dos que estão de fora. Hoje, nos Estados Unidos, uma pessoa que não tenha sido criada no meio e que tenha um mínimo de senso crítico nunca vai se aproximar dessa igreja, associada ao Bush, à intolerância em todos os sentidos, ao Tea Party, à guerra.
CC: O senhor é a favor da união civil entre homossexuais?
RG: Sou a favor. O Brasil é um país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. A comunidade gay aspira por relacionamentos juridicamente estáveis. A nação tem de considerar essa demanda. E a igreja deve entender que nem todas as relações homossexuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita com a homossexualidade ou heterossexualidade.
CC: O senhor enfrenta muita oposição de seus pares?
RG: Muita! Fui eleito o herege da vez. Entre outras coisas, porque advogo a tese de que a teologia de um Deus títere, controlador da história, não cabe mais. Pode ter cabido na era medieval, mas não hoje. O Deus em que creio não controla, mas ama. É incompatível a existência de um Deus controlador com a liberdade humana. Se Deus é bom e onipotente, e coisas ruins acontecem., então há algo errado com esse pressuposto. Minha resposta é que Deus não está no controle. A favela, o córrego poluído, a tragédia, a guerra, não têm nada a ver com Deus. Concordo muito com Simone Weil, uma judia convertida ao catolicismo durante a Segunda Guerra Mundial, quando diz que o mundo só é possível pela ausência de Deus. Vivemos como se Deus não existisse, porque só assim nos tornamos cidadãos responsáveis, nos humanizamos, lutamos pela vida, pelo bem. A visão de Deus como um pai todo-poderoso, que vai me proteger, poupar, socorrer e abrir portas é infantilizadora da vida.
CC: Mas os movimentos cristãos foram sempre na direção oposta.
RG: Não necessariamente. Para alguns autores, a decadência do protestantismo na Europa não é, verdadeiramente, uma decadência, mas o cumprimento de seus objetivos: igrejas vazias e cidadãos cada vez mais cidadãos, mais preocupados com a questão dos direitos humanos, do bom trato da vida e do meio ambiente.
Fonte: Pavablog

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Minha Pascoa não é um dia Só !!


Para diferenciar um pouco de outros blogs resolvi fazer uma crítica a Pascoa moderna. Você pode estar se perguntando se eu fiquei louco. Mas é não. Já estou saturado desse povo que só lembra da morte de Cristo em Abril (ou na data que cair). Quando na verdade Deus não pediu para lembrar em um só dia! Vejamos:

"Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha."
(1 Co 11.23-26)

O texto refere-se a última Pascoa do Senhor Jesus com seus discípulos, onde ele instituiu a Santa Ceia. Mas o que seria a Pascoa Cristã? De maneira geral seria a comemoração do sacrifício de Cristo na cruz para remissão dos nossos pecados e da sua Ressurreição em Glória. Logo o ato participar da Santa Ceia, já é a Pascoa Cristã, ou seja, a verdadeira Pascoa Cristã não é aquela, onde várias pessoas pede perdão dos seus pecados do ano e depois volta a pecar, a verdadeira Pascoa não é feita de Paixões de Cristos (Devia ser o Amor de Cristo) , ou de Ovos de Chocolates.

A minha Pascoa é toda vez que eu participo da Ceia em minha congregação, junto com meus irmãos em Comunhão, e isso se dá em todos os cultos de Santa Ceia.

Pode me chamar do que for, mas o que se ver hoje comemorando não é nada mais do que uma oportunidade para faturar com shows, produtos etc.

FONTE: BLOG DEFESA DA FÉ

sábado, 2 de abril de 2011

Deputado Marco Feliciano: "Não aceito as atitudes homossexuais em espaço público"


O parlamentar, envolvido em polêmica semelhante à de Jair Bolsonaro, diz a ÉPOCA que não é racista nem homofóbico
LUCAS HACKRADT
Reprodução
PARLAMENTAR POLÊMICO O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que foi eleito para a Câmara com 211 mil votos.
Depois da polêmica participação do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) no programa de TV CQC, esta quinta-feira (31) foi o dia de outro parlamentar, Marco Feliciano (PSC-SP), causar confusão ao postar em sua conta do Twittermensagens que foram interpretadas como racistas e homofóbicas. Por volta das 15 horas desta quinta, Feliciano tuitou: “Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato”. Antes dessa mensagem, ele já havia escrito: “Entre meus inimigos na net (sic), estão: satanistas, homoafetivos, macumbeiros...”

As mensagens geraram uma série de protestos online contra ele, que já havia afirmado na quarta-feira, também pelo Twitter, que os negros africanos sofrem com pestes, pobreza e fome por descenderem, supostamente, desse ancestral amaldiçoado, neto do personagem bíblico Noé. “A maldição de Noé sobre Canaã (o neto) toca seus descendentes diretos, os africanos”, afirmou. Segundo o deputado, Canaã teria sido amaldiçoado porque seu pai teria cometido um ato homossexual, referindo-se a uma passagem bíblica em que Cã (pai de Canaã) ri da nudez de Noé. “Alguns eruditos afirmam que a palavra rir aponta para prazer, então o filho abusa da nudez do pai”, disse. Em seguida, Feliciano conclui que esse seria “possivelmente o 1º Ato de homossexualismo da história”.

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POLÊMICA No twitter, Feliciano postou que africanos seriam "amaldiçoados". A ÉPOCA ele afirmou que não se referia à cor, mas à religião dos povos da África.
A ÉPOCA, Feliciano disse que tudo não passou de uma “infelicidade”. “Sou professor de teologia, e uma vez por dia posto no meu twitter uma pergunta bíblica para meus alunos. A questão do dia tinha sido essa: ‘por que Noé ficou furioso com o filho, que o viu nu, e amaldiçoou o neto e não o próprio filho?’” Segundo a explicação que ele deu à reportagem, Noé, enfurecido, teria lançado uma praga sobre o neto para machucar mais o filho, e esse neto, Canaã, teria dado origem aos povos africanos.

O parlamentar voltou a defender que não é racista, pois ele próprio, disse, tem origens negras. Sua intenção com a mensagem, afirmou, era atentar para o fato de que os povos africanos são amaldiçoados não por serem negros, mas por terem uma religião diferente da cristã. “A palavra lançada (a maldição) só é quebrada quando alguém encontra Jesus. Quando eles fazem isso, a maldição não repousa mais sobre eles. Ela é quebrada em Cristo”, afirmou. Na África, predominam as religiões pagãs e politeístas.

A polêmica com Feliciano aumentou quando o deputado resolveu responder a um grupo de homossexuais que questionavam suas declarações. “A podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam (sic) ao ódio, ao crime, a rejeição”, escreveu no twitter. O parlamentar se diz perseguido pelos grupos LGBT e afirma acreditar que eles tenham começado toda a confusão. “Foram eles (os homossexuais) que espalharam que eu sou homofóbico e racista. Isso é leviandade”, disse a ÉPOCA.

Reprodução
SENTIMENTOS "PODRES" A outra mensagem que causou polêmica. Segundo Feliciano, ele não se referia a todos os homossexuais como "podres". Apenas aos que o insultam pelo twitter.
“Eu amo os homossexuais”, escreveu em sua página. Segundo Feliciano, a mensagem, que chamava os sentimentos desse grupo de “podres”, se referia apenas aos homossexuais que o perseguem, e não a todos. “Eu respeito os gays como seres humanos. Se o meu patrão, que é Deus, não interefere na vida deles, quem sou eu para interferir”, disse.

“O que eu não aceito é a prática da promiscuidade aos olhos dos meus filhos, as atitudes homossexuais em espaço público, dois homens se beijando na frente dos meus filhos. Isso fere o Cristianismo do qual faço parte. Entendo as pessoas, mas não sou obrigado a aceitar a atitude delas”, afirmou Marco Feliciano, que obteve 211 mil votos nas eleições.

Assim como com Jair Bolsonaro, na internet já surgiram movimentos que pedem a cassação do deputado. Nenhum outro parlamentar tinha se pronunciado sobre o assunto até o final da tarde desta quinta. Além de conceder entrevista por telefone, o deputado Marco Feliciano divulgou uma nota à imprensa às 18h44. Abaixo segue a íntegra do comunicado, encaminhado à redação de ÉPOCA:
"São Paulo-SP, 31 de março de 2011.

Após algumas horas de uma postagem na internet: AFRICANOS DESCENDEM DE ANCESTRAL AMALDIÇOADO POR NOÉ. ISSO É FATO. O MOTIVO DA MALDIÇÃO É A POLÊMICA. NÃO SEJAM IRRESPONSAVEIS TWITTERS rsss Fui alvo de milhares de pedradas, sapatadas, raquetadas, "twittadas", e ainda virei matéria de midias como UOL, etc.

O que gostaria aqui de explanar, explicar e logo depois DENUNCIAR é algo grotesco e absurdo!

Primeiro a Explanação:

Gn. 9:22-25 - E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos seus irmãos no lado de fora. Então tomaram Sem e Jafé uma capa, e puseram-na sobre ambos os seus ombros, e indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai, e os seus rostos estavam virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai. E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu filho menor lhe fizera.E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos.E disse: Bendito seja o SENHOR Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por escravo..

No texto acima temos a citação biblica onde Noé amaldiçoa o descendente de Cão, ou seja, toda a sua descendencia, pois Canaa era o mais moço. Canaã representa diretamente a descendencia de Cão representando todos os seus filhos.

Gn.10:6 - E os filhos de Cão são: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã.

Acima vemos os filhos de Cão. Entre eles Cuxe. Veja abaixo a citação do Historiador Hebreu:

Flavio Josefo dá conta da nação de Cuxe, filho de Cam e neto de Noé : "Para um dos quatro filhos de Cam, o tempo não para toda a mágoa o nome de Cush; para a Etiópia , sobre o qual reinou, são ainda menos Neste dia, tanto por si e por todos os homens na Ásia , etíopes chamados. "(Antiquities of the Jews 1.6). ( Antiguidades dos Judeus 1,6).

Bem, citando a bíblia e a história, a veracidade sobre a postagem. AFRICANOS DESCENDEM DE CÃO, FILHO DE NOÉ.

Segundo a Explicação:

Como Cristãos, cremos em bençãos e portanto não podemos ignorar as maldições. Recai sobre o homem o peso da lei, toda vez que por ele a lei é quebrada.

Ex.34:7 que conserva sua graça até mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a rebeldia e o pecado, mas não tem por inocente o culpado, porque castiga o pecado dos pais nos filhos e nos filhos de seus filhos, até a terceira e a quarta geração".

Alguns creem que tudo acontece aqui na "horizontal" da existência, tipo, problemas vem por culpa do governo, empresarios, etc. Mas nós cristãos cremos que existem coisas que vem da "vertical", ou seja, cremos que Deus governa o mundo. E sua palavra não volta atrás .

Todavia, também cremos que toda vez que o homem, a familia, o país, entrega os seus caminhos ao Senhor, toda maldição é quebrada na cruz de Cristo!

Tem ocorrido isso no continente africano. Milhares de africanos, tem devotado sua vida a Deus e por isso o peso da maldição tem sido retirado, afinal esta escrito na palavra de Deus:

Is.10:27 - A unção despedaça o jugo!

Gl. 3:13 - Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
 
Terceiro a DENUNCIA:

Desde o periodo das eleições, quando apresentamos ao povo evangélico as leis que tramitavam na camara, como a Pl. 122, comecei a receber ataques, ameaças, xingamentos, e outras coisas mais que não vale a pena citar aqui. Um dos seus representantes mais atuantes, um parlamentar eleito, ao assumir seu lugar em Brasilia, chamou a imprensa e declarou guerra a bancada evangélica. Sou o Deputado Evangélico mais votado do País. Dai seus tiros contra mim, através dos seus asseclas que ficam no twitter a espreita, procurando alguem que possam denegrir. No twitter existe um grupo de homoafetivos que deturpam tudo o que digo, e dessa vez foram longe demais! Esparramando pela midia uma matéria esdruxula! Ja fui entrevistado hoje por muitos jornalistas, alguns sensibilizados por compreenderem do que se trata, outros irritados ja me chamando de HOMOFÓBICO E RACISTA.

Alerta a comunidade evangélica! Estamos sob fogo cruzado! E é preciso uma ação coletiva de repudio a esses ataques e a essas infames insinuações, pois isso pode provocar o ódio, a cólera, a ira, e sabe Deus o que mais.

Recebi uma mensagem de ameaça de morte dizendo que estou na lista ao lado de pastores como Silas Malafaia e outros.

Conclamo a Mídia Cristã responsável, pois existem tambem no nosso meio cristão uma MIDIA MARROM, inescrupulosa, baixa, irresponsável e leviana, que se alimenta de especulações e fofocagens! Nesse momento não é o meu nome que está em jogo, nesse momento estão em jogo comigo MILHÕES DE CRISTÃOS QUE LUTAM PELA FAMILIA ASSIM COMO EU.

Que fique bem claro aqui de uma vez por todas, NAO SOU HOMOFÓBICO. O que as pessoas fazem nos seus quartos não é do meu interesse. Sou contra a promiscuidade que fere os olhos de nossos filhos, quer seja na rua, nos impressos, na net ou na TV. Respeito o ser humano, mas tenho o direito de ser repeitado também! NÃO SOU RACISTA! Sou Brasileiro com um sangue miscigenado, por africanos, indios e europeus. SOU CRISTÃO sim Senhor.

Peço oração a todo o povo cristão brasileiro, os que lutam pela familia, os que amam ao Senhor, e os que me conhecem há tempos, e sabem que como todo brasileiro sou afro-descedente. Auxilío missionários no continente africano com sustento. E ja estive por lá e bem sei da luta daquele sofrido povo. E oro por eles!

Um abraço fraterno naquele que quebrou todas as maldições, Jesus o Senhor!

Agradeço a toda mídia brasileira pelo respeito e apreço.

Pr. Marco Feliciano

Deputado Federal PSC-SP"
LH
Fonte: Revista Época