Por Mark R. Rushdoony
"Não é apenas o anti-cristianismo de fora que é o nosso problema hoje; estamos também lutando contra o elemento anti-lei de Deus (antinomiano) que tem atacado o Reino de Deus dentro dos seus próprios portões."
Um dos
mitos mais absurdos do nosso tempo é que “você não pode legislar
moralidade”. Nada poderia estar mais longe da verdade. Toda lei é uma
moralidade legislada.
Leis são
promulgadas para proteger pessoas e propriedades ou para promover a
saúde e a segurança. Leis dizem que algo é bom, então a sociedade a
protegerá, ou que algo é mau, e portanto será regulado ou punido. Leis
contra roubo e assassinato são declarações morais sobre o direito à
propriedade privada e sobre a santidade da vida. Até mesmo um sinal de
PARE é uma lei moral. Um sinal de PARE diz que você não tem o direito de
arriscar a vida de outras pessoas por dirigir de maneira imprudente.
Muito tem sido dito em anos recentes sobre aborto e atividades
homosseuxais como passando de um pedido de aceitação para um status
legal favorecido. Isso é verdadeiro e representa uma progressão lógica.
Primeiro, o homossexualismo e o abordo foram exigidos como direitos,
isto é, a moralidade como vista pela lei foi buscada e adquirida. Então,
favores e proteções para o que a lei considera moral e digno de
proteção têm sido progressivamente exigidos e concedidos. A exigência da
liberação do casamento gay é baseada nos “direitos” concedidos pela
decisão moral anterior.
Não
podemos legislar pessoas morais, mas legislaremos moralidade. Leis
contra roubo e assassinato nunca foram feitas para tornar alguém melhor,
nem pretendem fazê-lo. Elas têm o intuito de dissuadir as pessoas
imorais de um comportamento imoral por meio do medo da justiça. Nem
parar num sinal de PARE faz você uma pessoa moral; o intuito não é
torná-lo moral, mas fazer você dirigir de uma forma que proteja a vida e
propriedade dos outros. Os magistrados, diz o apóstolo Paulo, devem ser
um terror para os malfeitores; seu propósito é controlar as pessoas que
querem fazer o que a lei diz ser errado.
A
moralidade sobre a qual nossas leis são baseadas são sempre religiosas
em natureza. A ética moral de um cristão será diferente daquela de um
humanista, ou hindu, ou muçulmano. Quando mudamos de religão, nossa
moralidade mudará e nossas leis eventualmente reflitirão isso. Temos
visto uma mudança progressiva da fé e lei cristã para uma lei mais
vigorosamente humanista em décadas recentes.
O
inverso também é verdade. Quando mudamos nossa moralidade, estamos
mudando nossas pressuposições religiosas, e nossa própria religião é
mudada. Não é apenas o anti-cristianismo de fora que é o nosso problema
hoje; estamos também lutando contra o elemento anti-lei de Deus
(antinomiano) que tem atacado o Reino de Deus dentro dos seus próprios
portões.
Todos
cremos na lei, de forma que todos cremos em legislar moralidade. Eu
creio na moralidade de Deus. Em qual moralidade você crê?
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- Sobre o autor: O Rev. Mark R. Rushdoony, filho do falecido R. J. Rushdoony, é o atual presidente da Chalcedon Foundation.
Tradução: Felipe Sabino – março de 2012.
Fonte: Monergismo
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