Os inimigos de dentro
da igreja são os que lhe causam o mais sério dano – ela sofre mais da parte
desses assustadoramente presunçosos pecadores, os quais não estão satisfeitos
em pecar no reino do Rei, mas precisam pecar no palácio do Rei, os quais ousam
trazer sua imundícia até mesmo à Sua mesa, a poluindo.
Se qualquer um de vocês
que são hipócritas esperam escapar, precisam habitar nas profundezas, de fato!
Onde ficam os lugares profundos que podem oferecer refúgio aos fingidores
religiosos? Onde se esconderão os mentirosos? Ó, hipócrita, talvez você tenha
planejado o seu pecado tão astutamente que mesmo a sua esposa do seu regaço não
o saiba: o seu ardil é tão admiravelmente astuto que você carrega duas faces e,
ainda assim, nenhum Cristão veja além dessa sua máscara de Cristão. Ah, senhor,
você é mais tolo do que eu considero se pensa que pode enganar a Deus. A sua
própria consciência deve estar muito incomodada.
Os hipócritas são os
mártires do diabo; eles suportam, por toda a vida, um martírio de apreensão e
medo.
Eu já vi, quando era
garoto, um malabarista na rua jogar para o alto meia dúzia de bolas ou facas,
ou pratos, continuamente os recuperando e arremessando, e isso me parecia
maravilhoso. Mas o malabarista religioso deixa os outros no chinelo. Ele tem
que manter a cristianismo e o mundanismo ao mesmo tempo, e pegar dois grupos de
bolas ao mesmo tempo. Ser um homem livre de Cristo e escravo do mundo ao mesmo
tempo deve exigir excelente atuação. Algum desses dias você, Sr. Malabarista,
vai deixar escorregar uma das bolas, e seu jogo estará terminado.
Um homem não consegue
manter o ritmo e jogar o jogo tão espertamente o tempo todo; mais cedo ou mais
tarde ele falha, e se torna um “assobio” e um “provérbio”, e se envergonha, se
restar alguma vergonha nele.
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