DEFESA DA FE.


sábado, 31 de julho de 2010

Nossos cultos são verdadeiros?


Por:Pr. Luiz Fernando R. de Souza

Ao observamos as eclesiologias e as liturgias em nossas igrejas, vemos uma total descaracterização. Aquilo que deveria ser direcionado para Deus e Sua glória exclusivamente foi totalmente travestido de um humanismo exacerbado. Deus que deveria ser o foco central do culto foi alijado do processo e virou nota de rodapé colocado na parte inferior das atividades. Deus virou pretexto para que o homem continue no centro. Deus é citado como apoio às práticas mundanas e capitalistas que permeiam a igreja. Há uma expressão que vem dos tempos da Reforma que diz: SOLI DEO GLÓRIA. Quer dizer: Glória somente a Deus. O insuperável Johann Sebastian Bach que revolucionou a música terminava todos os manuscritos de suas composições com as letras S.D.G. (Soli Deo Glória).

Isso nos mostra que tudo em nossas vidas deveria apontar para Deus. O culto é para Deus. Somente Deus merece receber a glória e isso implica que Ele deve ser o centro do culto. A Reforma resgatou essa máxima esquecida durante séculos. O culto não pode ser voltado para o homem. Não pode procurar satisfazer os desejos do homem e nem girar em torno dele. Mas vemos que o homem assumiu o lugar de Deus e passou a ser reverenciado. As pregações não apontam mais para o pecado que leva o homem a perdição e nem mais mostram a graça salvadora de Deus, mas sinalizam maneiras dos homens superarem suas crises.

Basta ver os títulos dos sermões pregados. Em uma rápida passagem de olhos pela internet encontrei alguns títulos interessantes, vejamos: “Vencendo as Batalhas; Tempo de Conquistas; Vivendo Triunfantemente, etc." Vejamos alguns títulos do Príncipe dos Pregadores Charles Haddon Spurgeon: “A Humilhante mas Gloriosa Dependência de Deus; O Terrível Porém da Justiça Própria, etc." Daí da para perceber a grande diferença.

As músicas não exaltam mais a Deus, mas sim se centram no homem e suas crises. Se observarmos as músicas evangélicas atuais veremos essa triste realidade. Músicas que mostram o que Deus fará pelo homem e não a expressão de uma alma agradecida a Deus. Existe até música de louvor dedicado a ser humano! Sei que existe este tipo de música religiosa entre os mórmons, mas para cristão... A quantidade de vezes que o pronome eu aparece nessas músicas é algo estarrecedor. Se compararmos com os grandes hinos da hinologia cristã veremos o contraste gritante.

O primeiro hino do Cantor Cristão diz: “A ti, ó Deus, fiel e bom Senhor. Eterno Pai, supremo Benfeitor, Nós, os teus servos, vimos dar louvor, Aleluia! Aleluia! O que dizer das catarses praticadas em nossos cultos? Gritos de vitória, brados de louvor, tudo isso produz alívio e não libertação. Qualquer psicólogo recém formado pode confirmar isso. Para tristeza nossa essas práticas espúrias entraram para ficar. O que dizer dos moveres de Deus nos cultos onde o frenesi se instala e o ego grupal prevalece, as pessoas rodopiam, gritam, caem ao chão, riem sem parar, imitam animais com seus sons e mais um cem números de outras bizarrices?

Muitos adentram as igrejas para buscar suas bençãos e encontram sacerdotes corroídos que oportunamente lhes oferecem as bênçãos, buscando satisfazer os egos eternamente insatisfeitos em troca de alguma coisa material. Muitos esqueceram que as reuniões solenes dos santos são para louvor e glória de Deus. Essas reuniões deveriam ter Deus e Sua glória em primeiro lugar. Nossos cânticos deveriam exaltar o nome que é sobre todo nome. Nossas orações deveriam expressar nossa gratidão Àquele que nos amou e morreu por nós. Hoje cantamos músicas desprovidas de adoração. Muitas dessas coisas cantadas em nossas igrejas expressam um antropocentrismo aviltante. Muitos acham que louvor é somente cantar qualquer coisa. Louvor também é expressão de nossa admiração em relação a Deus. Por estarmos admirados com a grandeza de Deus e com Seu amor expressamos isso adorando, louvando Sua pessoa.

Mas o culto mudou. Temos culto do Eliser. Vejam só que nome de culto! Acredito que seja um culto específico para arranjar namorado/companheiro. Quando é que um culto se presta a isso? Paralelamente temos o culto da Terapia do Amor onde os descasados estão à cata de um companheiro/a. Nada mais mundano que isso!

O que dizer dos cultos para empresários bem sucedidos e outros falidos juntamente com os desempregados à procura de empregos? Dêem outro nome a isso, menos culto. Isso causa náuseas em qualquer bom cidadão.

Ao entrarmos em nossas igrejas deveríamos lembrar a máxima de João Batista: “Importa que Ele cresça e que eu diminua”. Deveríamos lembrar o que o Senhor disse a Moisés: “Descalce os pés porque a terra é santa”.

Não gostaria de falar, mas me sinto constrangido a isso. E os famigerados cultos de libertação? O próprio nome do culto é uma contradição. Libertação para quem já foi liberto? Libertar o cristão se Cristo já realizou tudo no Calvário? O que tais pessoas entendem sobre as palavras de Cristo na cruz: Tudo está consumado?

Culto deveria ser expressão de nossa liberdade conquistada na cruz e nunca para buscarmos libertação. Culto deveria ser nossa celebração pela vitória alcançada na cruz e isso pela misteriosa, grandiosa e maravilhosa graça de Deus.

Precisamos de uma vez por todas fazer coro com os reformadores: SOLI DEO GLORIA.

Soli Deo Glória

Fonte: [ Ecclesia Semper Reformanda Est ]

terça-feira, 27 de julho de 2010

A Verdade Acima da Unidade - Martinho Lutero


"Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade". (v. 2Co 13.8)

Esse tesouro é tão valioso que nenhum coração humano é capaz de compreendê-lo (razão por que também requer uma luta maior e mais intensa), e não se deve menosprezá-lo, como o mundo e algumas pessoas insensatas fazem. Dizem assim: A gente não deve brigar tanto por causa de um artigo de fé, etc., e, por causa disso, dividir a cristandade, pecando contra o amor. Ao contrário, dizem eles mesmos que a gente erra num pequeno ponto, mas concorde no restante, bem que se pode amolecer e fechar um olho, visando preservar a união ou unidade cristã e fraterna. Não, meu caro amigo, não me venha com conselhos sobre paz e unidade que resultem em perda da palavra de Deus.

Pois, com isso, perder-se-ia também a vida eterna e tudo mais. Aqui não se pode amolecer e rejeitar as coisas a bem de você ou a de qualquer outra pessoa. Pelo contrário, todos, amigos ou inimigos, devem dar lugar à palavra. Pois a palavra não nos foi dada para promover paz e unidade exterior ou terrena, mas para conduzir à vida eterna. A unidade ou comunhão cristã deve ser fruto das palavra ou da doutrina. Onde houver acordo e unidade na palavra ou na doutrina, o resto virá automaticamente.

Se não houver concórdia na palavra ou na doutrina, nenhuma unidade será duradoura. Por isso, não me venha com essa história de amor ou amizade quando se pretende passar por cima da palavra e da fé. Pois está escrito que a palavra, e não o amor, nos traz a vida eterna, a graça de Deus e todos os tesouros do céu.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Não Estou Salvo! - Charles Haddon Spurgeon

Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos” (Jeremias 8:20)

NÃO ESTOU SALVO! Caro leitor, esta é a sua triste condição? Mesmo sendo avisado do julgamento por vir e exortado a buscar a salvação, ainda assim, até agora você não está salvo? Você sabe qual é o caminho da salvação; tem lido sobre isso na Bíblia; ouve pregações a respeito e amigos lhe explicam o assunto. Porém, apesar de tudo, você despreza e, portanto, não está salvo. Não haverá desculpas para você, quando o Senhor julgar os vivos e os mortos. O Espírito Santo tem abençoado, com maior ou menor intensidade, a Palavra que lhe é pregada; tem trazido, da presença divina, momentos de refrigério. Mesmo assim, você se encontra sem Cristo. Assim como as estações, essas oportunidades de esperança lhe chegaram e se foram - seu verão e sua colheita já passaram - e você ainda não está salvo.

Os anos se sucedem em direção à eternidade; logo chegará o último ano de sua vida. Sua juventude logo passará; sua varonilidade estará se escoando, e você ainda não está salvo. Pergunto-lhe: Você será salvo ainda? Há qualquer possibilidade disso? Mesmo as ocasiões mais propícias não lhe levaram a salvação. Seria o caso de outras oportunidades alterarem a sua condição? Vários meios já falharam com você; até mesmo o melhor dos métodos, usado com perseverança e com a maior afeição. O que mais poderá ser feito por você? A aflição e a prosperidade não mais lhe impressionam; lágrimas, orações e sermões se perderam em seu coração vazio. Não se esgotaram as probabilidades de você um dia ser salvo? Não é mais que provável que você permanecerá como está, até que a morte feche para sempre as portas da salvação? Você poderá rejeitar esta suposição; entretanto, ela é racional, pois quem não se lava em águas abundantes, quando as encontra, muito provavelmente permanecerá imundo até o fim. Se o tempo apropriado não chegou, por que haveria de chegar? É natural temer que ele nunca chegará e que, à semelhança de Félix, você nunca encontre ocasião apropriada, até que esteja no inferno. Oh! Considere o que é o inferno e a terrível possibilidade de ser em breve lançado nele!

Leitor, caso você morra sem ser salvo, não haverá palavras para descrever a sua perdição. Você deveria lamentar-se profundamente pela triste estado, falar a respeito dele com gemidos e ranger de dentes. Você será punido com a destruição eterna, banido da glória do Senhor e da glória do seu poder. Esta voz amiga deseja alertá-lo e conduzi-lo à uma vida de seriedade. Oh! Seja sábio a tempo e, antes que passe a oportunidade, creia em Jesus, que é capaz de salvá-lo completamente. Utilize o tempo presente para refletir. Se, em humilde fé em Cristo, houver arrependimento em sua vida, isto será o melhor a lhe acontecer. Não permita que este ano passe e você continue sem perdão; nem que o repicar dos sinos do ano novo o encontrem sem o gozo verdadeiro. Creia em Jesus e viva - agora, agora, agora.

“Livra-te, salva a tua vida; não olhes para trás, nem pares em toda a campina; foge para o monte, para que não pereças” (Gn. 19:17).

CHICO ANISIO SE DECLARA ATEU!!!!!!!

Diante da tragédia da morte do filho de Cissa Guimarães, Chico Anysio decide virar ateu.


Chico Anysio não conseguiu ficar quieto ao ver Rafael Mascarenhas, filho de Cissa Guimarães, morrer após ser atropelado. O humorista e amigo da atriz usou seu blog para comentar o assunto e se mostrou revoltado com o acidente.

“Mas e então? Que Deus é este que deixa que morra um menino de 18 anos, à espera de começar seu caminho na vida e deixa vivo e solto o animal que o atropelou, o débil mental que faz de um túnel uma pista de corrida e simplesmente arranca da vida um ser bonito, jovem, ansioso por começar a viver, filho de uma mãe maravilhosa, como colega, como amiga e como pessoa?”, escreveu.

Chico cita ainda o caso Bruno, as crianças que passam fome na África e os conflitos no Oriente Médio para dizer que essas coisas fazem com que ele seja ateu. “Deus é onisciente? Então ele sabia que o Rafael teria que morrer naquele dia, naquela hora e daquele modo. Sendo assim, meus amigos eu deixo à disposição de todos a minha parte de Deus porque se Ele tem e é tantos ‘onis’ e o mundo está como está, eu prefiro ficar sozinho”, disse.

Rafael Mascarenhas, 18, morreu na manhã de terça (20). O rapaz andava de skate em um túnel interditado do Rio quando dois carros furaram o bloqueio para, supostamente, fazer um racha. O menino foi atropelado, passou por cirurgia, mas não resistiu. O corpo de Rafael será velado até quinta e então cremado.


domingo, 25 de julho de 2010

IGREJA PRESBETERIANA CONSIDERA IGREJAS UNIVERSAL E MUNDIAL SEITAS!


Daniel Clós Cesar

Essa semana li que o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, considerou a IURD e a IMPD, seitas, e necessário é, que pessoas oriundas dessas denominações sejam rebatizadas e façam profissão de fé. Louvável o posicionamento da IPB. Há muito tempo se espera, pelo menos das grandes denominações evangélicas do Brasil, a definição do que é, e do que não é, CRISTIANISMO. A Bíblia já define bem, mas é preciso ensinar nos púlpitos. O povo cristão tem sede de ensino e exposição bíblica, algo raro até nos mais "sinceros" púlpitos deste país.

Como podemos considerar pastor cristão, alguém que não prega o Evangelho da Cruz? Como podemos considerar cristianismo algo tão contrastante com os ensinos bíblicos? Podemos considerar cristianismo algo, pelo simples fato de "crer" na Bíblia ou fazer uso dela no rito?

As grandes corporações que pregam a teologia da prosperidade, que incluem promessas de riqueza, saúde, bons relacionamentos, cura interior, libertação de demônios etc... não pregam uma coisa: a Cruz. Não o principal, mas o ÚNICO meio para a Salvação do homem. Para nós que cremos no Evangelho, trilhar os caminhos da prosperidade humana a qualquer custo tem um único fim, o inferno, lugar que caiu em desprestígio nessas denominações, que publicamente não o negam, mas o expurgam das pregações para serem continuamente agradáveis a seus clientes.

Constantemente escuto a frase: lá é um pronto-socorro! Em outras épocas eu diria... ok! Pode ser... mas meu posicionamento hoje no entanto é outro. Primeiro eu pergunto: Por quê? Quem vai lá vai atrás de quê? Falta de dinheiro, saúde, casamento arruinado? É bastante provável que a resposta se encaixe nesses quesitos ou em outros bastantes semelhantes. Creio também, que a maioria dos verdadeiramente salvos também respondem algo bem parecido. Ai faço a segunda pergunta: Não são estes desesperados, os mesmos que já foram aos centros de umbana, "tiraram" cartas e consultaram os búzios e agora estão atrás de mais uma opinião? O impressionante é que muitos se encaixam aqui também. Chego então a uma última pergunta: Cristo: Salvador ou Solução? E a resposta é sempre a mesma: SOLUÇÃO. É aqui que diferenciamos os salvos dos não salvos.

Não buscam um salvador, buscam uma solução para satisfação de suas almas. Buscam desde um emprego a um carro novo... buscam da cura da filha soropositivo à aprovação em um concurso público... buscam de tudo... menos a Cristo... Como alguém assim pode ser considerado cristão? Como uma igreja que doutrina seus membros dessa forma pode ser cristã? Como pode alguém que odeia a cruz e não entende o seu significado ser declarado salvo? Basta "sinceridade" para alguém ser salvo?

Já é hora de pastores que pregam o verdadeiro Evangelho de Cristo condenarem esse ensino de demônios que prega de tudo, de psicologia barata à atitude positiva, mas nega o principal: a Palavra de Deus. Que distorcem a Palavra e deleitam-se em fábulas. Igrejas pastoreadas por lobos vorazes que cerram a porta dos céus impedindo que outros entrem, prometendo um céu na terra que nunca existirá.

Que este concílio da IPB possa ser um primeiro brado entre muitos outros contra as corporações da "salvação por obras", que rejeitam o sacrifício da cruz em troca de sacrifício financeiro. Que viram as costas à Cruz e voltam-se para o deus riqueza.


Daniel Clós: anotações... com divulgação Genizah

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Paul Washer - falsos profetas

DEFENDER A HONRA DE DEUS..




"Responderam, pois, os judeus e lhe disseram: Porventura, não temos razão em dizer que és samaritano e tens demônio? Replicou Jesus: Eu não tenho demônio, pelo contrário, honro a meu Pai, e vós me desonrais". VV. 48s. - Leia Jo 8.48-55).
Qual é a atitude de Cristo? Permite que desonrem sua pessoa, fica calado e tudo suporta; mas defende a doutrina. Pois a doutrina não é nossa, e sim, de Deus, que não deve sofrer nada. Aqui, a paciência chega ao fim. Devo defender a doutrina com todas as minhas forças, e suportar tudo que fazem contra mim, para que a honra e a palavra de Deus nada sofram. Pois, se eu pereço, pouco se perde; mas, se permito que a palavra de Deus pereça e deixa de ser anunciada, estou causando dano a Deus e a todo o mundo.

É dessa forma, pois, que devemos agir. Se ameaçarem nossa vida, devemos suportá-lo, pagando o ódio como amor e o mal com o bem.Mas, no momento em que atacam a doutrina, atacam também a honra de Deus. então não há mais lugar para o amor e a paciência, e a gente não pode ficar calado, mas deve dizer com Cristo: Eu honro a meu Pai e, em vista disso, vocês me desonram; mas, pouco me importa se vocês me desonram, pois não procuro minha própria honra. Mas, cuidado! Existe alguém que a procura e julga. 

O Pai vai exigi-la de vocês e vai julgá-los, nada deixando sem castigo. Ele busca não somente sua própria honra, mas também a minha, pois eu busco a sua honra, como ele diz: Aqueles que me honram serão honrados. E este é o nosso consolo: podemos ficar alegres mesmo que todo o mundo nos cubra de vergonha e desonra, pois temos certeza de que Deus busca nossa honra e, por causa dela, vai julgar, vingar e castigar. Quisera pudéssemos crer nisso e esperar pacientemente, pois ele, certamente, virá.
 
FONTE:BLOG O PRINCIPAL DOS PECADORES

Sintetizando a Justificação - Calvino


A JUSTIFICAÇÃO PODE SER SINTETIZADA NESTES QUATRO CONCEITOS:

ACEITAÇÃO POR PARTE DE DEUS

IMPUTAÇÃO DA JUSTIÇA DE CRISTO

PERDÃO DOS PECADOS

RECONCILIAÇÃO COM DEUS

E, para que evitemos contenda acerca de uma palavra, se atentarmos para a coisa em si, como nos é descrita, nenhuma dúvida restará. Ora, Paulo designa, incontestavelmente, a justificação com o termo aceitação, quando diz em Efésios [1.5, 6]: “Fomos destinados à adoção por intermédio de Cristo, segundo o beneplácito de Deus, para o louvor de sua gloriosa graça, mercê da qual nos teve por aceitos ou amados.” Pois isso significa o mesmo que costuma dizer em outro lugar [Rm 3.24]: Deus nos justificou graciosamente.

Além disso, no quarto capitulo da Epístola aos Romanos, primeiro a chama imputação da justiça, e não hesita em incluí-la na remissão dos pecados. Diz Paulo: “Davi diz que bem-aventurado é o homem a quem Deus toma por aceito ou imputa justiça sem obras, assim como foi escrito: Bem-aventurados aqueles de quem foram remitidas as iniqüidades” [Rm 4.6, 7; Sl 32.1].

Obviamente, que ele aí não está discutindo acerca de parte da justificação, mas de toda ela. Ademais, aprova a definição dada por Davi, quando declara que bem-aventurados são aqueles a quem se confere gracioso perdão dos pecados. Donde se faz evidente que esta justiça de que está falando simplesmente se contrapõe à culpa.

Mas, em relação a esta matéria, a melhor passagem de todas é aquela onde ele ensina que esta é a suma da embaixada evangélica: que sejamos reconciliados com Deus, porquanto ele nos quer receber em graça, através de Cristo, sem nos imputar os pecados [2Co 5.18-20]. Ponderem os leitores cuidadosamente o contexto em sua inteireza, porque, acrescentando explicativamente pouco depois que “Cristo, que era sem pecado, foi feito pecado por nós” [2Co 5.21], como se estivesse a indicar o meio de reconciliação, indubitavelmente o Apóstolo não entende outra coisa pelo termo reconciliar que justificar. Nem tampouco procederia o que ensina em outra lugar, ou, seja, que “pela obediência de Cristo somos constituídos justos” [Rm 5.19], se não fôssemos nele, e fora de nós, contados por justos diante de Deus.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Algumas coisas que os não-calvinistas deveriam saber sobre o Calvinismo- por Colin MaxwelL



Esta é uma tentativa de corrigir alguns dos mal-entendidos sobre o Calvinismo. Isto não pretende ser uma defesa doutrinária detalhada das Doutrinas da Graça.

1) Calvinismo e Hiper-calvinismo são pólos opostos. Os termos não devem ser usados como sinônimos. Um hiper-calvinista não é apenas um calvinista zeloso. Ambos consideram o outro como calvinistas “mistos”. Ninguém chama a si mesmo de hiper-calvinista.

2) Sim, os calvinistas se dividem em várias facções. Mas existem muitas escolas doutrinárias, e.g. Dispensacionalismo, Governo da Igreja, Adoração... nós cantamos somente Salmos ou usamos hinos? Quais hinos? Nós usamos música? Qual música? Com que conjunto de textos nós baseamos nossa tradução da Bíblia? É o Textus Receptus que é importante ou a (KJV) AV ? Ou ambos? Etc.

3) O termo livre-arbítrio precisa ser definido para evitar confusão. Calvinistas poderão afirmá-lo ou negá-lo, dependendo do que eles acham que você quis dizer... Isto algumas vezes leva a acusações de contradição. Consulte as Confissões Calvinistas padrão, e.g. a Confissão de Fé de Westminster, capítulo 9, para uma definição de termos.


4) O termo livre agência não é automaticamente o mesmo que livre-arbítrio quando usado por um calvinista. Ele é o termo calvinista preferido para livre-arbítrio. Preferido de forma a evitar a confusão tratada no ponto acima.

5) Calvinistas acreditam na responsabilidade do homem, mas negam sua capacidade de arrepender-se e crer no Evangelho. Os dois termos não são sinônimos. Calvinistas crêem que a incapacidade do homem de arrepender-se e crer é causada por seu próprio pecado, e a sua incapacidade não anula a sua responsabilidade.

6) Calvinistas não acreditam que os homens são fantoches, bonecos de madeira ou robôs, mas seres responsáveis e tratados assim por Deus, mesmo quando decaídos.

7) Calvinistas não são fatalistas. Calvinistas acreditam que Deus ordenou o fim e também os meios para este fim. Portanto, eles crêem no evangelismo como o meio que Deus usa para cumprir sua intenção de salvar os eleitos. Não é verdadeiro dizer que os calvinistas acreditam que Deus salva homens sem o Evangelho. Calvinistas acreditam em oração.

8) Calvinistas acreditam que é obrigação dos homens arrependerem-se e crerem no Evangelho. Esta é um de nossas disputas com alguns hiper-calvinistas.

9) Calvinistas acreditam que o Evangelho deve (para citar Calvino) ser pregado indiscriminadamente aos eleitos e réprobos (Comentário de Isaías 54:13), visto que não sabemos quem são eles, mas somente Deus.

10) Calvinistas não limitam o valor ou mérito ou dignidade do sangue de Cristo. Eles limitam a intenção do sangue para salvar qualquer um além dos eleitos. Nós estamos satisfeitos o bastante (como estava João Calvino) com a afirmação de que o sangue de Cristo é suficiente para o mundo inteiro, mas eficiente somente para os eleitos.

11) Calvinistas não pregam apenas os Cinco Ponttos e nada mais. Pelo menos não mais que Dispensacionalistas que pregam apenas sobre profecias ou Pentecostais que só pregam sobre os dons do Espírito, etc.

12) Calvinistas não lêem os Cinco Pontos em todos os textos da Escritura. Muitos dos maiores comentários bíblicos, amados e valorizados por todos os cristãos (e.g, Mattew Henry) foram escritos por calvinistas.

13) Calvinistas acreditam que os homens podem resistir ao Espírito Santo. Eles acreditam que mesmo os eleitos podem resistir ao Espírito Santo, e o fazem... mas somente até o momento em que o Espírito regenera seus corações de forma que não resistam mais a Ele. Os não-eleitos efetivamente resistem a ele por toda a vida.

14) Calvinistas não acreditam que todos os homens são levados se debatendo e gritando irresistivelmente a Cristo. Nós acreditamos na graça irresistível. A vontade não é ignorada na salvação. Nenhum homem vem a Cristo involuntariamente, ou se lamenta por ter sido trazido.

15) Calvinistas não acreditam que existam almas lá fora que querem ser salvas, mas não podem ser salvas porque não são eleitas.

16) Calvinistas, sem ter acesso ao Livro da Vida do Cordeiro, vêem todo homem como potencialmente eleito e pregam o evangelho a ele.

17) Calvinistas acreditam na eleição incondicional mas eles não acreditam na salvação incondicional. A não ser que o homem nasça de novo, ele não entrará no Reino dos céus (João 3:3). A não ser que ele se arrependa, ele perecerá (Lucas 13:3). A não ser que seja convertido, etc... todas estas são condições da salvação.


18) Calvinistas acreditam que a regeneração precede a fé em Cristo. Nós não confundimos o termo regeneração com justificação ou salvação. O Espírito de Deus regenera o pecador eleito capacitando-o a abandonar seu pecado e voluntariamente abraçar a Cristo e então ser justificado pela fé e salvo pela eternidade. Regeneração, portanto, não é sinônimo de justificação ou salvação assim como convicação de pecado não é sinônimo de conversão a Cristo.

19) Perseverança dos santos não significa que os calvinistas crêem que eles podem levar sua querida vida sem qualquer referência a observar o poder de Deus. Isto simplesmente significa que nós cremos que os cristãos provarão ser vencedores, de acordo com 1 João 5:4-5, etc...

20) Alguns calvinistas usam a frase redenção particular em oposição à expiação limitada porque eles podem ver como a posição da redenção geral também limita a expiação, embora de uma forma diferente, isto é, ela não realiza a tudo que se pretende.

21) Calvinistas não acreditam que João Calvino era infalível... não mais que Metodistas acreditam que João Wesley foi infalível ou Dispensacionalistas dão a Schofield ou John Darby a palavra final.

22) Embora os calvinistas creiam que a graça salvadora e o arrependimento são dons de Deus, dados somente a seus eleitos, eles não crêem que Deus exercita a fé por eles ou arrepende-se por eles. O pecador eleito, capacitado pelo poder de Deus, realmente se arrepende e crê por si mesmo.

23) Embora possa não haver um meio-termo real entre a posição calvinista e aquela dos não-calvinistas, ainda assim muitos calvinistas acreditam que os dois lados realmente pregam o Evangelho. Apesar de nossas diferenças em muitos dos detalhes, um homem que prega que Cristo morreu pelos ímpios e que a obra foi suficiente para salvar aquele que se arrepende e crê está realmente pregando o Evangelho. Nós nos regozijamos na pregação do Evangelho de John Wesley tanto quanto na de George Whitefield, apesar de (naturalmente) considerarmos Whitefield um teólogo melhor.

24) Não há nenhuma contradição ou paradoxo entre a soberania de Deus e a responsabilidade do homem. Em nenhum lugar a Escritura diz que o homem é responsável porque ele é livre, ou seja, a afirmação de que a responsabilidade pressupõe a liberdade é uma falácia. Pelo contrário, a Escritura ensina que o homem é responsável porque Deus, que é soberano, o considerada assim. Além do mais, Paulo, em Romanos 1, afirma que é o conhecimento inato do homem que o torna responsável pelos seus atos, e não a sua suposta liberdade. Isso está de acordo com o que Jesus diz em João 9:41: “Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado”.

25) Embora os calvinistas creiam que até mesmo atos pecaminosos são ordenados por Deus (Efésios 1:11/Provérbios 16:4), isso não faz de Deus o autor do pecado. Concordamos com o Dr. Clark, que ao escrever seu livro sobre o problema do mal, disse: “Deus não é o autor deste livro, como os arminianos seriam os primeiros a admitir; mas ele é a causa última dele, como a Bíblia ensina. Todavia, eu sou o autor. Autoridade, portanto, é um tipo de causa, mas há outros tipos. O autor de um livro é a sua causa imediata; Deus é a sua causa última... Deus não comete mais pecado do que ele está escrevendo essas palavras”.

Então, aqui está. Eu não espero que esta lista realmente convença alguém da verdade da posição calvinista. Isto não intenta ser uma defesa doutrinária do Calvinismo. Eu dei poucas referências porque queria manter curto e de fácil acesso. As confissões calvinistas padrão (isto é, a Confissão de Fé de Westminster, etc.) devem ser consultadas para afirmações definitivas.



O Dictionary of Theological Terms (Rev. Alan Cairus) é uma ferramenta inestimável. Espero que esclareça mais que alguns poucos mal-entendidos. É desanimador ao extremo ver uma caricatura de sua fé ridicularizada. Talvez alguém do outro lado da batalha (não-calvinistas) possa esforçar-se e esclarecer alguns mal-entendidos que os calvinistas porventura tenham.



Traduzido, modificado e expandido por: Josaías Cardoso
Fonte: Monergismo.com

domingo, 18 de julho de 2010

"Não toqueis nos meus ungidos!" ou "Não é assim entre vós"?

Lembro-me quando pela primeira vez entrei em uma comunidade neopentecostal para freqüentá-la. O primeiro livro recomendado para ler foi: “Autoridade Espiritual” de Watchman Nee – Nee era um servo de Deus, mas exagerou em alguns pontos bíblicos. Ele chegou a dizer que se você desobedecesse ao líder espiritual é como desobedecer ao próprio Deus! - Isso coloca o líder em um pedestal que ele não está. Na ocasião, não suspeitei que estava sendo “doutrinado” como um soldadinho de chumbo. Achei que era certo obedecer ao líder religioso cegamente. Qualquer questionamento, mesmo bíblico, seria considerado rebeldia. Até para casar ou ir ao banheiro, você deveria prestar contas ao líder-Pastor, Discipulador, Bispo, Apóstolo e etc. Você ouvia a ameaça: “Se você não concorda com a visão a porta está aberta!” Como resultado desse ensino, o que observei acontecer foi o aparecimento de aberrações anti-bíblicas e extra-bíblicas:


• Cobertura espiritual (Nossa cobertura é Cristo);
• Infantilização das pessoas (A pessoa não é ela mesma);
• Clonagem e despersonalização (Todo mundo fala e veste igual ao líder);
• Autoritarismo (Arrogância, Tirania e Abuso espiritual);
• Mau uso e distorção bíblica (versículos fora de contexto sem considerar o todo);
• Aparecimento das figuras totêmicas (O líder sagrado e num pedestal);
• Por fim, muitas pessoas feridas e decepcionadas.

Toda autoridade legítima vem de Deus. Façamos a pergunta óbvia: “Como Deus usa Sua autoridade e poder?” ou melhor “Como o Deus feito carne – Jesus – usou sua autoridade?” “Como ele recomendou que nós fizéssemos? Como ele a exerceu? Encontramos Jesus fazendo abuso dela? Ele esmagou os discípulos? Afora uma repreensão ocasional e severa, ele os tratou com ternura, respeito e deixou que eles fossem eles mesmos sem violar a personalidade deles. Jesus até perguntou aos discípulos:”Mas vós, quem dizeis que eu sou?”(Mat.16:15).Qual o líder que tem coragem de perguntar aos subordinados:”Qual a opinião que vocês têm a meu respeito?”

Jesus demonstrou sua autoridade humildemente assumindo o papel de servo. “...Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. NÃO É ASSIM ENTRE VÓS; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva...”(Mateus.20:25-28.v.t.Romanos.13)

Paulo mostra em Gálatas.2:11-21 que a VERDADE desconsidera cargo, posição ou título na igreja de Cristo. Paulo confrontou Pedro na cara! Pedro estava agindo com hipocrisia e dissimulação para com a verdade do evangelho. Assim também nós, como bereianos, devemos confrontar todo desvio da verdade que ocorra no meio cristão, sendo biblicamente corretos, não politicamente corretos. Os líderes da igreja estão sob a autoridade de Jesus – o Supremo Pastor – e da Escritura. Sua autoridade delegada não deve jamais ser por coerção, domínio ou manipulação da verdade bíblica(I Pedro.5:1-4).

Por Ruben Jump.
Fonte: [ Graça sem tendas ]
Dica do Clelio Lopes, para o Blog Bereianos.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Vou virar herege…

Vou virar herege…


Marcelo Lemos
Estou decidido: vou virar herege. Tomei a decisão depois de ouvir alguém fazer uma analogia curiosa: “Crente é igual filho, agente fala mil vezes o certo, e mesmo assim eles só dão ouvidos ao que é errado, ainda que o erro tenha sido apresentado uma única vez!”. Bem, se isso for verdade, concluí-se que a forma mais fácil de tocar o coração da crentada de nossa geração é sendo um herege de carteirinha. Por isso, estou decidido a me ingressar na primeira Escola de Formação de Apostolos que topar na minha frente. Se eu não encontrar algo tão avançado para as minhas pretenções, me contentarei com a ‘Escola de Pastor’; sim, a mesma que foi esculachada pela CGADB, e mesmo assim, tem a cara-de-pau de se apresentar como reconhecida pelas Assembléias de Deus, Batistas, Presbiterianas…
Então, preciso virar herege. Mas, só de fachada, a fim de me fazer ouvir. Entenderam? Assim como os hereges se vestem de ovelhas para enganar o Povo de Deus, eu vou me vestir de lobo para traze-las de volta.
Será que vai dar certo?
Já tracei um plano, e vou confidencialmente partilha-lo com vocês.
E, toda ajuda me será necessária, pois nesta minha nova jornada existem elementos importantes no processo de formação. Um deles, talvez o mais importante, é compreender adequadamente o linguajar dos crentes atuais. Por exemplo, eu não posso já chegar ostentando o título de Patriarca, pois alguém já fez isso recentemente. Neste caso, certamente eu seria acusado de “rebelião”. Tenho muito o que aprender sobre “rebelião”, afinal é preciso sempre estar em sintonia com minha “cobertura espiritual”. Ainda que eu ache estranho que alguém dentre os ‘crentes’ me “julgue”, uma vez enfatizarem tanto Cristo ter dito “não julgueis”, é melhor não correr o risco, pois poderei estar indo contra a “Visão” dada por Deus a algum “ungido especial” – aliás, preciso urgemente encontrar um Papel de Parede onde tenha a escrita: “Não toqueis nos meus ungidos!”; de modo que ao ligar o computador não me sinta atraído pela tentação de voltar a ser um “blogueiro critico, invejoso e que nada faz pelo Reino de Deus”.
E, por falar em blogs e blogueiros, também me será necessário um banco de dados com informações sobre blogs subversivos. Estou até pensando em mandar um e-mail para a Torre de Vigia solicitando alguma lista especial de ‘suspeitos’. Eu mandaria o pedido para algum apóstolo brasileiro, mas acho que eles, recentemente, andam muito ocupados procurando uma forma de se livrarem da concorrencia desleal do Polvo Profeta – sim, aquele que deu uma de Nostradamus na Copa da Africa do Sul. Mas, dada a possibilidade de ainda não existir uma lista oficial, terei de pessoalmente dar nome aos bois.
Well… Na minha lista de blogs subversivos – contra os quais alertarei os meus cabrit… quer dizer, as minha ovelhas – certamente estarão aqueles que revelem algum destes sintomas:
Enfase na Graça. Por algum motivo não muito claro existem blogueiros que gostam muito de falar sobre essa coisa de “Graça”. É melhor que o pessoal não descubra o que isso quer dizer, e nem o motivo de ser tão importante e caro para alguns. A Graça é tema muito perigoso, pode ser que alguém começe a imaginar que a Cruz de Cristo o tenha feito homem livre; se isso acontece, meus planos de herege estarão comprometidos!
Simpatia pelas Doutrinas da Graça. Ora, se apenas falar em Graça já é subversivo, o que dizer daqueles que ainda falam sobre “doutrinas da graça”? Essa gente também é muito perigosa. Caso minha gente começe a ler estes caras eu terei que jogar fora a maioria dos meus esboços de sermões – e olha que eu gastei uma nota preta comprando livros de PNL para aprender a motivar o ego dos meus auditórios. Essa gente não vai me deixar em paz: certamente vão ficar me perguntando onde eu meti a pregação contra o pecado, a corrupção da natureza humana, a Soberania Abosoluta de Deus; também insistirão em saber o que fiz dos termos teológicos do Cristianismo Histórico. Gente muito perigosa essa; terão um lugar de destaque na minha lista de blogueiros invejosos e que nada fazem em prol da Seara…
Apego aos chamados ‘Princípios da Reforma’. Tenho aprendido (com ‘meus mentores’) que o único momento no qual devo me lembrar que sou “protestante” é quando me for conveniênte descer a lenha na Igreja do Papa; feito isto, que a Reforma vá se internar num Museu! Quem precisa conhecer o Pensamento Reformado se somos portadores da maior e mais profunda unção apostólica e profética que o mundo já viu? Povo de Deus, até nossa urina é ungida, e com ela demarcamos nosso terrítório! Não tenho conhecimento de que Lutero, ou qualquer outro Reformador, tenha feito uso da Unção do Leão.
Permitir que meus cabritinh…, quer dizer, ovelhas… fiquem expostas a estes protótipos de Genebra é o mesmo que condená-los a viver no passado, em dias onde tudo que os crentes gostavam era oração, jejum, santificação, devoção e… Bíblia!… Deus certamente tem voos mais altos para a nossa Geração! Quero pregar a Unção da Águia!
Hum… querem saber? Não daria certo, pois depois de traçar este plano me dei conta que não me resta mais nada de verdadeiro nas mãos… Me tornaria um herege de carteirinha também, um vendido aos sinais dos tempos. O que me resta então? Nada de muito vistoso: escrever e falar para uns 10 ou 15, porém, morrer na certeza de que Cristo não me julgará pelos meus números…
Sem remorsos, eu nunca fui bom em planos mesmo! Talvez por isso sempre fui fã do Cebolinha e seus fracassados “planos infalíveis”. Você vem comigo?

Em Olhar Reformado (Blog de herege subversivo infiltrado entre os Anglicanos, cuidado. Risos.). Devidamente difamado aqui no Genizah
Mais um, he he.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Capacita-nos a ver


.

Vem, Intérprete divino, capacita-nos
a ver e o Teu Santo Livro ler

Também, somente o Espírito Santo é quem nos pode dar verdadeira compreensão espiritual das Escrituras, entendimento da doutrina. João o esclarece bem (1 João 2.20). Ele fala dos «anticristos», aquelas pessoas que tinham estado na Igreja e saíram, porquanto não eram dela. Achavam que eram elementos convertidos e tinham sido aceitos como tais. Mas agora, tinham saído.

Na verdade, nunca foram crentes verdadeiros. . . A questão que surge é: «como podemos diferençá--los?» como poderiam esses incultos cristãos da igreja primitiva, na maioria escravos, discriminar esses pontos? João diz: «E vós possuis unção que vem do Santo, e todos tendes conhecimento». Ele repete isso no versículo 27: «A unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine».

Há uma unção dada pelo Espírito Santo que nos dá entendimento. Assim é que muitas vezes tem sucedido na longa história da Igreja que certas pessoas indoutas, mais ou menos iietradas, têm sido capazes de distinguir entre a verdade e o erro muito melhor do que os grandes doutores da Igreja. Eram suficientemente singelos para confiar-se àquela «unção», e assim podiam discernir as diferenças e quais as coisas que não estavam de acordo.

O piedoso Samuel Rutherford, aquele poderoso homem de Deus que viveu há trezentos anos na Escócia, fez um dia o seguinte comentário: «Se você quer ser um teólogo profundo, recomendo-lhe a san-tificação». Em última instância, o meio para compreender as Escrituras, e toda a teologia, é tornar-se santo. É estar sob a autoridade do Espírito. É ser conduzido pelo Espírito.

Fonte: Authority, p. 78,9
Fonte: [ Blog Martyn Lloyd Jones ]

domingo, 11 de julho de 2010

BLASFEMIA!!!!! IMAGEM DE JESUS NA CAPA DA PLAYBOY

Homenagem a Saramago causa revolta e provoca fechamento da Playboy portuguesa



A edição da Revista Playboy de Portugal trouxe em sua capa uma imagem de Jesus em um bordel, junto com uma mulher nua. Segundo os editores, a idéia era homenagear o escritor José Saramago, autor de "O Evangelho Segundo Jesus”. Na revista há imagens de lesbianismo, onde Jesus aparece com um olhar voyeurista. Além do polêmico ensaio, a revista ainda traz uma entrevista feita com José Saramago dias antes de sua morte.

Fechamento da Playboy Portuguesa

A Playboy tem pouco mais de 1 ano em Portugal, mas parece não passará disto, já que a detentora da marca internacional “Playboy Enteprises” anunciou o fechamento da franquia portuguesa após a publicação da edição.

“Nós não vimos nem aprovamos a capa e o editorial da edição de julho da ‘Playboy’ de Portugal. É uma violação chocante de nossas normas e não teríamos autorizado caso nos tivesse sido informado com antecedência”



***
Fonte: Folha.com, Abril / Púlpito Cristão

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Bíblia Aberta: Herança da Reforma

Quando penso sobre a história do cristianismo, uma palavra sempre vem à mente: a palavra Zelo. O zelo pela Palavra de Deus que os cristãos tiveram para conservá-la cara e pura para que hoje pudéssemos conhecer o Caminho, a Verdade e a Vida Eterna. Mas percebe-se que o zelo varia no decorrer das épocas.

As Escrituras Sagradas são a pura e autêntica revelação da Palavra de Deus aos homens. Aos cristãos cabe o zelo de defendê-la, examiná-la, nela perseverar para que nos seja útil e nela nos seja revelado o caminho da Salvação.

O Zelo estava presente entre os apóstolos e a igreja apostólica quando perseveravam na doutrina. Mas os anos foram passando e o zelo dos cristãos diminuiu. Os homens, assim como Adão já fizera, ousaram ser iguais a Deus. Com as Escrituras fechadas passaram a promulgar "revelações", que se tornavam doutrinas. O zelo pela Palavra esvaziou e a ousadia em "revelar" chegou ao ápice quando as tornaram doutrina com a mesma autoridade da Bíblia, e, por vezes, até superior. Assim, aos poucos, a Bíblia fechada deu espaço às "revelações de doutrinas" promulgadas com fins humanos, pecaminosos e interesseiros atendendo aos anseios de poder e à astúcia política, chegando-se ao extremo de vender perdão dos pecados e o próprio céu como hoje se vende ingressos de cinema ou teatro.

Entretanto, a Palavra de Deus continuava viva e eficaz como espada de dois gumes. Ela não transformava corações e vidas porque estava fechada e inacessível às pessoas. Foi por causa dos interesses heréticos da cúpula da igreja que a Bíblia foi isolada do povo para que ninguém se "tornasse sábio para a Salvação" (1 Timóteo 3.15).

Mas a Igreja do Senhor Jesus tinha a promessa: "As portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16.18). Deus sempre manteve homens fiéis às Sagradas Letras, e, ainda, em tempo oportuno, usou de forma especial seus homens de fé para colocar a Bíblia de volta ao Púlpito, tornando-a o centro da igreja cristã. Para tanto usou homens de diferentes épocas, culminando no Dr. Martinho Lutero, quando desencadeou-se o movimento que conhecemos como Reforma Protestante (31/10/1517).

Foi em Lutero que a Bíblia passou a ser um livro aberto para o povo, quando fez a tradução para a sua língua nacional (Novo Testamento, em 1521, e a Bíblia completa, em 1534). As Escrituras foram colocadas à venda através da recém descoberta imprensa, por um custo 280 vezes menor do que as bíblias latinas manuscritas. Para Felipe Melachthon, "a tradução da Bíblia foi uma das maiores maravilhas que Deus realizou por intermédio de Lutero, antes do fim do mundo".

O crescimento e a força de retorno às Escrituras não foi mérito isolado da retórica, perspicácia e argumentação dos reformadores (Lutero, Melanchthon, Calvino, Zwinglio e outros) que deram o impulso da recristianização do povo. Foi a Bíblia aberta e compreensível que tornou o povo "sábio para a Salvação". É claro que existiu ambiente político, social e religioso favoráveis, mas a Bíblia aberta nas mãos do povo é que fez a diferença, pois a Bíblia é Deus falando aos corações das pessoas.

O que me preocupa é que hoje o filme começa a se repetir. Estão se proliferando instituições religiosas que, em nome da espiritualidade dos seus líderes, fecham as Escrituras para receberem revelações através da oração, da meditação ou diretamente do Espírito Santo. Em geral faltam critérios e não há quem "examine as Escrituras" para comprovar a veracidade. A Igreja Medieval também não teve a intenção de se afastar da verdade, mas quando a Bíblia foi fechada para serem ouvidas "palavras santas" ditas por "homens de fé", a igreja entrou em decadência. Hoje corremos este risco, pois, além de certas revelações tornarem-se ensino de igrejas, já surgem instituições que detêm ao seu líder o privilégio do contato com Deus e a revelação a ser seguida. Isto, sem contar que muitas doutrinas são ensinadas sem qualquer fundamento bíblico.

Amados pastores e leigos em geral, a nossa preocupação não questiona o poder do Espírito Santo e suas manifestações, pois isto é bíblico, mas chamamos a atenção ao que se faz e atribui ao Espírito Santo para alimentar poder e pensamento de homens. O Espírito, que continua o mesmo, não contradiz a revelação dada à cristandade – A Bíblia. Surgem doutrinas e preceitos sem fundamentação bíblica, ditados em nome de revelações sobrenaturais. Penso que se evidencia a advertência do apóstolo Paulo: "Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes que não pouparão o rebanho" (Atos 20.29). A Bíblia fechada e homens loquazes são instrumentos importantes para Satanás perturbar a igreja cristã.

Zelemos pela revelação Bíblica, devolvida ao povo com a Reforma; ela é a Herança dos Céus para a Salvação da Humanidade (Jo 20.30,31). Nesta obra não estamos sozinhos nem isolados, mas esta é uma obra própria de Deus para que as portas do inferno jamais prevaleçam contra a Igreja. O discernimento é um Dom de Deus que ele nos dará para o bem da igreja.

Para nós dirige-se a Palavra: "Vigiai e Orai" (Mateus 26.41) e a promessa: "Estarei convosco" (Mateus 28.20).

Por Rev. Airton S. Schroeder
fonte: [ Presbiterianos Calvinistas ]

quinta-feira, 8 de julho de 2010

John Piper – Aos Pregadores da Prosperidade:Ensine-os o Ide

Uma mudança fundamental aconteceu com a vinda de Cristo ao mundo. Até aquele tempo, Deus focou sua obra redentora em Israel com obras eventuais entre as nações. Paulo disse: “Nas gerações passadas, [Deus] permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos” (Atos 14:16). Ele os chamou de “tempos da ignorância.”

“Não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (Atos 17:30).

Agora o foco passou de Israel para as nações. Jesus disse: “O reino de Deus vos será tirado [Israel] e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos [seguidores do Messias]” (Mateus 21:43). Um endurecimento veio sobre Israel até que o número total das nações entrasse (Romanos 11:25).

Uma das principais diferenças entre essas duas épocas é que, no Antigo Testamento, Deus glorificou amplamente a si mesmo ao abençoar Israel, de modo que as nações pudessem ver e saber que o Senhor é Deus.

“Faça ele [o Senhor] justiça ao seu [...] povo de Israel, segundo cada dia o exigir, para que todos os povos da terra saibam que o SENHOR é Deus e que não há outro” (1Reis 8:59-60).

Israel não foi enviada como uma “Grande Comissão” para ajuntar as nações; pelo contrário, ela foi glorificada para que as nações vissem sua grandeza e viessem a ela. Então, quando Salomão construiu o templo do Senhor, foi espetacularmente abundante em revestimentos de ouro.

O Santo dos Santos tinha vinte côvados de comprimento, vinte côvados de largura e vinte côvados de altura. E foi coberto com ouro puro. Ele também cobriu de ouro um altar de cedro. E Salomão revestiu o interior da casa com ouro puro, e fez passar correntes de ouro frente ao Santo dos Santos, o qual também cobriu de ouro. E cobriu de ouro toda a casa, inteiramente. Também cobriu de ouro todo o altar que estava diante do Santo dos Santos. (1Reis 6:20-22)

E quando ele mobiliou o templo, o ouro mais uma vez se tornou igualmente abundante.

Então Salomão fez todos os utensílios que estavam na casa do Senhor: o altar de ouro, a mesa de ouro para os pães da proposição, os castiçais de ouro finíssimo, cinco à direita e cinco no lado sul e cinco no norte diante do Santo dos Santos; as flores, as lâmpadas e as linguetas, também de ouro; as taças, espevitadeiras, bacias, recipientes para incenso e braseiros, de ouro finíssimo; as dobradiças para as portas da casa interior e do Santo dos Santos, também de ouro. (1Reis 7:48-50)

Salomão levou sete anos para construir a casa do Senhor. E então levou treze anos para construir sua própria casa (1Reis 6:38 e 7:1). Ela também era abundante em ouro e pedras de valor (1Reis 7:10).

Então, quando tudo estava construído, o nível de sua opulência é visto em 1Reis 10, quando a rainha de Sabá, representando as nações gentias, vai ver a glória da casa de Deus e de Salomão. Quando ela viu, “ficou como fora de si” (1Reis 10:5). Ela disse: “Bendito seja o SENHOR, teu Deus, que se agradou de ti para te colocar no trono de Israel; é porque o SENHOR ama a Israel para sempre, que te constituiu rei” (1Reis 10:9).

Em outras palavras, o padrão no Antigo Testamento é uma religião venha-ver. Há um centro geográfico do povo de Deus. Há um templo físico, um rei terreno, um regime político, uma identidade étnica, um exército para lutar as batalhas terrenas de Deus, e uma equipe de sacerdotes para fazer sacrifícios animais pelos pecados.

Com a vinda de Cristo tudo isso mudou. Não há centro geográfico para o Cristianismo (João 4:20-24); Jesus substituiu o templo, os sacerdotes e os sacrifícios (João 2:19; Hebreus 9:25-26); não há regime político Cristão porque o reino de Cristo não é deste mundo (João 18:36); e nós não lutamos batalhas terrenas com carruagens e cavalos ou bombas e balas, mas sim batalhas espirituais com a palavra e o Espírito (Efésios 6:12-18; 2Coríntios 10:3-5).

Tudo isso sustenta a grande mudança na missão. O Novo Testamento não apresenta uma religião venha-ver, mas uma religião vá-anunciar. “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28:18-20).

As implicações disso são enormes para a forma que vivemos e a forma que pensamos a respeito de dinheiro e estilo de vida. Uma das implicações principais é que nós somos “peregrinos e forasteiros” (1Pedro 2:11) na terra. Nós não usamos este mundo como se ele fosse nosso lar de origem. “A nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3:20).

Isso leva a um estilo de vida em pé de guerra. Isso significa que nós não acumulamos riquezas para mostrar ao mundo o quão rico nosso Deus pode nos fazer. Nós trabalhamos duro e buscamos uma austeridade em pé de guerra pela causa de espalhar o evangelho até os confins da terra. Nós maximizamos o esforço de guerra, não os confortos de casa. Nós criamos nossos filhos com a visão de ajudá-los a abraçar o sofrimento que irá custar para finalizar a missão.

Então, se um pregador da prosperidade me questiona sobre as promessas de riqueza para pessoas fiéis no Antigo Testamento, minha resposta é: Leia seu Novo Testamento com cuidado e veja se você encontra a mesma ênfase. Você não irá encontrar. E a razão é que as coisas mudaram dramaticamente.

“Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1Timóteo 6:7-8). Por quê? Porque o chamado a Cristo é um chamado para participar de seus sofrimentos “como um bom soldado de Cristo Jesus” (2 Timóteo 2:3). A ênfase do Novo Testamento não são as riquezas que nos atraem para o pecado, mas o sacrifício que nos resgata dele.

Uma confirmação providencial de que Deus planejou esta distinção entre uma orientação venha-ver no Antigo Testamento e uma orientação vá-anunciar no Novo Testamento, é a diferença entre o idioma do Antigo Testamento e o idioma do Novo. Hebraico, o idioma do Antigo Testamento, não era compartilhado por nenhum outro povo no mundo antigo. Era unicamente de Israel. Isto é um contraste surpreendente com o Grego, o idioma do Novo Testamento, que era o idioma de comércio do mundo romano. Então, os próprios idiomas do Antigo e do Novo Testamentos sinalizam a diferença de missões. O hebraico não era apropriado para missões no mundo antigo. O grego era perfeitamente apropriado para missões no mundo romano.


Por John Piper. © Desiring God. Website:desiringGod.org
Original:
To Prosperity Preachers
Tradução : voltemosaoevangelho.com

terça-feira, 6 de julho de 2010

A Sã Doutrina

1 Timóteo 1.11 – “Esta sã doutrina se vê no glorioso evangelho que me foi confiado, o evangelho do Deus bendito”.

Introdução: No dia 31 de outubro, iremos celebrar os 492 anos da Reforma Protestante, quando Lutero afixou suas 95 teses no Castelo de Wittenberg. Nessa noite quero expor-lhes uma das frases do reformador, que foi dita há quase quinhentos anos. Lutero disse assim: “Não estou preocupado com a vida, mas com as doutrinas. A vida má não causa grande dano a não ser a si mesma, mas o ensinamento errado é o maior mal neste mundo, porque leva multidões de almas ao inferno. Não estou preocupado se és bom ou mau, mas eu atacarei teu ensinamento venenoso e mentiroso que contradiz a palavra de Deus.” Em pleno século 21, essas palavras soam fortemente aos nossos ouvidos, pois os ensinos dentro das igrejas nos dias de hoje, levara multidões de almas para o inverno. É tempo de despertarmos igreja.
Homens como Lutero, Calvino, Withefield, Spurgeon, Wesley, Finney, foram usados por Deus em suas épocas, não porque criaram uma nova doutrina, um novo evangelho, ou desenvolveram uma teologia totalmente fora da palavra de Deus. Não é nada disso! O que eles tinham em comum, era a fidelidade em Cristo e seus ensinamentos, as doutrinas que os apóstolos pregavam, e principalmente, eram fieis à palavra de Deus como um todo, não desprezando sequer uma vírgula das sagradas escrituras. Vemos na figura do apostolo Paulo, alguém que tinha um grande apreço pelo evangelho e era fiel aos ensinos do nosso Senhor.
Paulo apóstolo. Paulo foi um perseguidor assíduo dos discípulos de Jesus, pois todos aqueles que seguiam a Jesus eram considerados seus discípulos, e Paulo por sua vez, tentava parar o crescimento do povo eleito por Deus, chamados para uma santa vocação. Um dia, ele teve um encontro sobrenatural com o Senhor, tão sobrenatural que se tornou um grande propagador do evangelho, expandindo o reino de Deus, abrindo igrejas pelas cidades que passava, fazendo discípulos e fiel a palavra e aos ensinamentos de Cristo. O próprio apóstolo reconhece claramente, que havia sido blasfemo e perseguidor, mas que a graça e misericórdia Deus, o alcançou comissionando-o para uma santa vocação (1.12-14).

Se porventura houvera ele escrito tão-somente a Timóteo, não haveria necessidade alguma de anunciar seus títulos e reafirmar suas reivindicações ao apostolado, como o faz aqui, pois certamente Timóteo ficaria suficientemente satisfeito como simples nome. Ele sabia que Paulo era apostolo de Cristo, e não havia necessidade de comprovação alguma para convencê-lo, e há muito que nutria tal sentimento. Portanto Paulo esta aqui visando a outros que não estavam tão dispostos a dar-lhe ouvidos ou tão prontos a aceitar o que ele dizia. É por causa desses ‘outros’ que ele declara seu apostolado, a fim de que parassem de tratar o que ele ensina como se fosse algo sem importância. E ele também alega que seu apostolado é pelo mandato ou designação de Deus, visto que ninguém pode fazer de si próprio apóstolo genuíno e digno de toda honra.
Quando meditamos nessa carta de conselho pastoral que Paulo escreve a Timóteo, vemos quão amor e carinho o apostolo tinha para com Timóteo, carinho este que o considerava como filho (v 1). Esta qualificação comunica grande honra a Timóteo, pois Paulo o reconhece como seu filho legitimo, não menos digno que seu pai, e deseja que outros o reconheçam como tal. De fato ele enaltece Timóteo como se ele fosse outro Paulo. Todavia, como seria isso consistente com o mandamento de Cristo: “A ninguém sobre a terra chameis vosso pai” (Mateus 23.9), e com a própria afirmação do apostolo: “Porque ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríes, contudo, muitos pais, “não havereis de estar em muito maior submissão ao Pai dos Espíritos (1Co 4.15, Hb 12.9)”.”? “Minha” resposta é que a alegação de Paulo de ser pai, de forma alguma anula ou diminui a honra devida a Deus. Deus é o único pai de todos no âmbito da fé, porquanto regenera a todos os crentes pela instrumentalidade de sua palavra e pelo poder de seu Espírito, e é exclusivamente ele que confere a Fé. Aqueles a quem graciosamente lhe apraz empregar como seus ministros, ao fazer isso, ele admite que participem de sua honra, todavia sem resignar nada de si próprio. Assim Deus, era o Pai espiritual de Timóteo, e, estritamente falando, exclusivamente ele; Paulo porem, que fora ministro de Deus no novo nascimento de Timóteo, reivindica para si direito ao titulo, porem em segundo plano.
Acima do carinho que Paulo tinha por Timóteo, o zelo do apostolo pelo evangelho era acima de qualquer coisa. Após saúdá-lo Paulo começa a orientá-lo sobre:

As falsas doutrinas ou ao ensino de doutrinas diferentes (v 3-10). O termo grego que ele utiliza (heterodidaskalein), é um composto, e pode ser traduzido num sentido ou de “ensinar de modo diferente, fazendo uso de um novo método”, ou de “ensinar uma nova doutrina”. Erasmo traduz essa passagem, como “seguir uma nova doutrina”. Erasmo foi um teólogo e um humanista neerlandês que nasceu no ano de 1.446 e morreu em 1.536 (Séculos 15 e 16). Se lermos ensinar de uma forma diferente, o significado será mais amplo, pois Paulo estaria proibindo a Timóteo de permitir a introdução de novos Métodos de ensino que sejam incompatíveis com o modo legitimo e genuíno que lhe havia comunicado. Como a verdade de Deus é única, assim não há senão um só método de ensiná-la, o qual se acha livre de falta de pretensão e que degusta mais saborosamente a majestade do Espírito do que a eloqüência humana.
Irmãos quero chamar-lhes suas atenções para esse ponto. O que estamos vendo nas igrejas modernas hoje, em pleno século 21? Paulo nesta carta a Timóteo estava querendo alerta-lo para as praticas, os ensinamentos que estavam corroendo o povo, indo aos poucos ganhando seu espaço. Dentre essas praticas vemos a cultura Judaizante, o Gnosticismo, ou até mesmo as tradições gregas da época.
Gnosticismo: Foi uma seita que teve suas raízes logo após o inicio da Igreja Cristã. Alguns pesquisadores afirmam que as evidencias de sua existência, mesmo antecede o cristianismo. Seja qual for o caso, o erro do gnosticismo, afetou a cultura e a igreja da época, e o apostolo João faz menção a essa seita em sua primeira carta capitulo 4.
A palavra “gnosticismo” vem da palavra grega “gnosis” que significa “conhecimento”. Havia muitos grupos que foram gnósticos e não é possível simplesmente descrever as nuances de cada variante de doutrinas gnósticas, pois uma vez que eles ensinavam que a salvação é alcançada através do conhecimento pessoal. O período do gnosticismo é facilmente aparente. Eles negam a encarnação de Deus como o Filho. Ao fazê-lo, nega a real eficácia da expiação, pois, se Jesus não é Deus, Ele não poderia expiar pela humanidade e ainda estaríamos perdidos em nossos pecados.

Os costumes judaizantes da época; estavam ainda embasados na lei. Paulo pregara que o tempo da graça havia chegado, pois a expiação de Cristo na cruz quebrou todo paradigma religioso, que predominara na época. Cristo ainda em vida, tentou quebrar certos costumes, abrir o entendimento daquelas pessoas para com a interpretação das escrituras, mas o rejeitaram. Mesmo assim, havia alguns Judaizantes queriam impor nas igrejas os costumes em detrimento da igreja. O povo judeu levava muito a sérios os mandamentos que Yahweh ordenara a Moises. Havia muitos doutores da lei, escribas que conheciam a lei de uma maneira extraordinária, mas não a praticavam. Mt 23.4, vemos o Senhor Jesus nos alertando ao povo em relação aos seus ensinos: “Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles porem nem com o Dedo querem movê-los”. No contexto dessa mensagem, Jesus condena a hipocrisia dos fariseus, dizendo que eles obrigavam ao povo a praticarem a lei, mas eles mesmos, não faziam sequer um esforço para cumprir os mandamentos.
Veja que Paulo refere-se a eles como “falsos mestres”. O texto bíblico não diz isso com clareza, mas analisando bem ao contexto que o apostolo nos apresenta, é exatamente assim que ele considera tais doutores das escrituras. Não podemos menosprezar a lei, pois o próprio apóstolo nos diz que para aqueles que sabem utilizar a lei é boa, mas na verdade a lei tem que ser empregada a todos que cometem atrocidades, iniqüidades e os demais pecados que a bíblia contenda: Mt 12.3 - 4 nos diz assim: “Ele respondeu: Vocês não leram o que fez Davi quando ele e seus companheiros estavam com fome? Entrou na casa de Deus, e junto com os seus companheiros, comeu os pães da Presença, o que não lhe era permitido fazer, mas apenas os sacerdotes”.
Nesse contexto de Mateus vemos Jesus juntamente com seus discípulos, passeando por uma lavoura de cereais. Os discípulos tiveram fome e colheram algumas espigas para comer. Logo em seguida, os fariseus vendo aquilo, “exortaram” Jesus dizendo que aquilo não era permitido no sábado. Ficaremos na primeira palavra da resposta do nosso Mestre: Não lestes? Fazer uma pergunta dessas para um fariseus ou doutor da lei era algo absurdo, pois eles meditavam na lei dia e noite, sabiam quantas palavras eram repetidas, sabiam quais palavras aparecia no meio dos livros, cada letra, sabiam tudo, mas eles não tinham uma coisa: Conhecimento do Espírito Santo. Paulo chama atenção de Timóteo para essa situação. Aqueles que queriam ser mestres, não a compreendiam seu verdadeiro significado, não tinham conhecimento algum da palavra de Deus, queriam ser mestres apenas para serem respeitados e admirados em publico, possuírem status. Veja o que Jesus diz em Mt 6.6: “E quando jejuardes, não vos mostrem uma aparência triste como os hipócritas, pois eles mudam a aparência do rosto a fim de que os outros vejam que eles estão jejuando”. Os fariseus queriam ser admirados e respeitados pelo povo, se achavam espirituais demais, mas Jesus nesse contexto bíblico nos diz que: “a recompensa que queriam já obtiveram, mas não foram reconhecidos pelo Pai”.
Amados nos dias atuais as coisas não estão muito diferentes. Vemos pessoas sem gabarito algum para o ministério, querendo ser ministros da palavra de Deus. Pessoas querendo posição de pastor, mas ao menos sabem manusear as escrituras. Pastores teólogos que ao invés de usarem a teologia que aprenderam para pregarem o verdadeiro evangelho, distorcem as escrituras enganando ao povo. O ensinamento errado é o maior mal neste mundo, porque leva multidões de almas ao inferno. Mt 7 – 21 nos diz: “Nem todo aquele que diz Senhor, Senhor, entrara no reino dos céus”.
Analisem o contexto que estamos vivendo, e o que esta sendo ensinado dentro de muitas igrejas e faça a seguinte pergunta: Deus, sua palavra nos ensina exatamente isso? É essa a doutrinas que os apóstolos pregavam? O que mais me entristece é o modo que esta sendo ensinado e pregado o evangelho, se é que podemos chamar isso evangelho! Pastores, Bispos e Apóstolos, cada um deles contendo suas heresias. Pastores que acham que o avivamento é pular, dar cambalhota no púlpito, sair correndo no meio da igreja: bispos e apóstolos, não querem saber de evangelho. Ao invés de pregarem a cruz, pregam um evangelho que diz que você vai ficar rico, que Deus vai abençoar sua vida financeira, você vai ser dono de muitas posses, vai ser muito reconhecido no mundo, dizem a você que, ao aceitar a Cristo seus problemas acabaram, pergunto a você, isso é Evangelho? Essa é a Sã Doutrina que o Apostolo Paulo, tanto prezou?
A Sã Doutrina: 1 Timóteo 1.11 – “Esta sã doutrina se vê no glorioso evangelho que me foi confiado, o evangelho do Deus bendito”.
Vejam o que Agostinho nos diz com relação ao Evangelho: “Se você crê somente no que gosta do evangelho e rejeita o que não gosta, não é no evangelho que você crê, mas sim, em si mesmo”.
Este versículo é muito profundo irmãos. Vejam: Esta sã doutrina que se vê no glorioso evangelho que me foi confiado, o evangelho do Deus bendito.
O que é evangelho: A palavra evangelho vem do verbo grego euangelizomai. Que “significa: “anunciar”,” “proclamar” ou “trazer as boas novas”. Evangelização é a proclamação das boas novas da salvação em Jesus Cristo, visando levar a reconciliação entre o pecador e Deus Pai, mediante o poder regenerador do Espírito Santo. A palavra deriva-se do substantivo grego euangelion, “boas novas”. A palavra Doutrina significa: Conjunto de princípios que se baseia em um sistema religioso, político ou filosófico. A palavra “evangelho” descreve a mensagem do cristianismo. Na epístola de Paulo aos crentes de Roma, encontramos uma proclamação detalhada das doutrinas do cristianismo. As grandes verdades da Bíblia estão ali condensadas pelo Espírito Santo em uma das mais profundas obras literárias existentes. Na primeira sentença dessa obra-prima, encontramos a expressão “o evangelho de Deus”. A mensagem do cristianismo é uma mensagem de Deus, visto que Ele é o seu Autor, seu mais importante Assunto e seu Intérprete. (Jim Adams)
A natureza da salvação de Cristo é deturpada de forma lamentável pelos "evangelistas" de hoje em dia. Eles anunciam mais um Salvador do inferno do que um Salvador do pecado. E assim é porque muitos estão fatalmente ludibriados, e porque há multidões que desejam escapar do Lago de Fogo, mas sem terem o mínimo desejo de serem libertas da sua própria carnalidade e mundanismo. A primeira coisa dita Dele no Novo Testamento é: "A quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo ("não da ira vindoura", mas) dos seus pecados" (Mateus 1:21). Cristo é um Salvador para aqueles que percebem algo da excessiva malignidade do pecado, que sentem o terrível fardo dele sobre suas consciências, que se detestam a si mesmos por culpa dele, que desejam serem livres do seu terrível domínio; e um Salvador para ninguém mais. Se realmente Ele "salvasse do inferno" aqueles que ainda amam o pecado, Ele seria um Ministro do pecado, perdoando sua maldade e apoiando-os contra Deus. Que coisa indizivelmente horrível e blasfema com a qual acusam o Santo! (Arthur W. Pink)


Paulo tem plena convicção que seus ensinamentos eram embasados nos ensinos de Cristo. Timóteo por sau vez deveria ter essa mesma preocupação que seu mentor e mestre tinha. O apostolo por sua vez, queria que seus discipulo tivesse o mesmo fervor e tremor pela sã doutrina que outrora foi eleito como arauto do evangelho. Paulo em momento algum pregava aquilo que não estava nas doutrinas dos apostolos. Paulo nunca pregou um outro evangelho an a não o evangelho que traz vida e transformação. Ele nunca pregou alguma outra coisa a não ser o vardadeiro evangelho. Mas que evangelho é esse? Esse evangelho é o amor de Deus pela humanidade, um amor inconcidicional que deu seu filho “unigenito para que todo aquele que nele crê, não pereça mas tenha vida eterna”. Jesus quando esteve entre os homens, não terminou sua missão quando ressucitou lazaro dos mortos, mas mostrou seu poder sobre a morte. Porque imaginem se essa fosse a missão de Cristo. Nós o seguiriamos da seguinte maneira: - Ei vamos servi a Jesus, pois toda vez que um de nós morrer, ele vem e nos ressucita. E dizemos: - Ei, voltamos, uhuuu. Não! O Senhor nos mostrou que existe um problema maior que a morte fisica, pois Deus tem o poder de nos castigar eternamente.
Então Jesus vem a nós e diz: “ Eu venho cumprir uma grande missão, que é maior até mesmo que conquistar a morte fisica. É resgatar você da morte eterna. Não ha nada que você possa fazer para se salvar do julgamento que você merece, nã há como Deus deixar de ser um Justo Juiz, pois se ele permitisse o pecado, o universo entraria em colapso. Ele deixaria de ser Deus. Não seria Santo, não seria Correto, Verdadeiro e Justo. Jesus vem e anuncia a coisa mais incrível, uma ideia de plano que vocês e eu nunca sonhariamos. Que é o próprio Deus na pessoa de Jesus Cristo, recebe o castigo e a justiça que nós merecemos pra que então a Santidade e Justiça de Deus podessem ser satisfeitas, e então pessoas culpadas como você e eu possamos ser perdoados. Isso é o que chamamo de evangelho, chamamos de boas novas. (Joshua Harris).

Conclusão.
Paulo possuia um carinho especial para com Timóteo. O considerava como um filho, mas acima de todo carinho, estava a preocupação com a palavra de Deus. Paulo o exorta o jovem pastor em amor, para que ele não se deixasse levar pelos falsos ensinos e as falsas doutrinas que estavam corroendo o corpo de Cristo. Chama-lhe a atenção para não dar ouvidos aos falsos mestres, ensinandos doutrinas totalmente fora das escrituras, com relação a pessoa do nosso Senhor Jesus. Ele finaliza sua exortação chamando-lhe a atenção para a Santa Doutrina, o evangelho de Cristo. Contudo pediu para seu filho na fé, ser a cada dia mais e mais firmado no evangelho da Cruz, pois é este que nos traz libertação e salvação para nossa alma. Quero finalizar com um trecho de um sermão chamado: A Maior Luta do Mundo, proferido pelo senhor Spurgeon na capela de Westminister:
Hoje em dia, temos perto de nós uma classe de homens que falam de Cristo e até pregam o evangelho, mas depois pregam igualmente muitas coisas que não são verdadeiras, destruindo o bem que fizeram e induzindo os homens ao erro. Eles querem ser considerados "evangélicos", mas, na verdade, pertencem a uma escola anti-evangélica. Observem esse tipo de pessoa. Tenho ouvido dizer que uma raposa, quando perseguida muito de perto pelos cães, finge ser um deles e corre com eles. É isso o que alguns estão desejando agora: que as raposas pareçam cães. Mas, no caso da raposa, o cheiro acentuado que ela libera em breve há de traí-la e os cães depressa a descobrirão. Do mesmo modo, o cheiro de falsa doutrina não é ocultado facilmente, e o jogo não continuara por muito tempo. Existem pregadores dos quais é difícil dizer se são raposas ou não; no entanto, todos os homens devem saber aquilo que somos enquanto vivermos. Eles não devem ter dúvidas quanto àquilo em que acreditamos e ensinamos. Não hesitaremos em proferir as palavras mais severas que pudermos encontrar em
Nossa língua, nem vacilaremos em utilizar as frases mais simples que pudermos construir, para anunciar aquilo que consideramos a verdade fundamental. (C. H. Spurgeon).
 FONTE:
http://oproponente.blogspot.com/2010/07/sa-doutrina.html

sábado, 3 de julho de 2010

Blogosfera cristã se expande e quantidade de páginas de teologia e defesa da fé chama a atenção dos internautas



A apologética, ou defesa da fé, sempre foi tema controverso entre os evangélicos. Normalmente associada ao combate ideológico e espiritual a seitas e heresias, ela costuma dar pano para manga nas igrejas, salas de aula de seminários e congressos.

Da denúncia das crenças consideradas antibíblicas à “caça às bruxas” dos modismos teológicos, a prática apologética nem sempre encontra espaço apropriado para discussão. O estudo acerca do assunto padece, por um lado, da falta de tempo do interessado para aprofundar-se e da carência de instrutores realmente preparados.

Mas há ventos de mudança à vista. Um movimento na internet vem sendo o contraponto positivo destes dias de liquidificador teológico no meio evangélico: os blogs apologéticos. Eles constituem um subconjunto de um universo de mais de 20 mil blogs cristãos brasileiros, reunindo em torno de 2 mil blogueiros apologetas e um público que varia entre 1,6 e 1,8 milhões de visitantes/mês.

É um novo tipo de fórum, onde discussões antes restritas ao âmbito acadêmico estão atraindo cada vez mais crentes. Os blogs apologéticos têm denunciado uma apostasia em franco crescimento na Igreja Evangélica, mas não é só isso.

Além de incentivar o consumo de literatura cristã, eles oferecem material devocional e suprem as deficiências das escolas dominicais – e o grande avanço foi a abertura de espaço para o interesse de um público crescente, germinando uma “semente bereiana” que incentiva o contato diário com a Palavra de Deus, com linguagem acessível, muitas vezes bem humorada, e de acesso gratuito. Os grupos se formam em função de interesses comuns, como combate a modismos, doutrina cristã, heresiologia, defesa da fé… Sobra até para a denúncia de picaretagens e desmandos tristemente praticados “em nome de Jesus”. Uma verdadeira inclusão teológica digital!

Campeões de audiência da apologética

O Tempora, o mores! (http://tempora-mores.blogspot.com) – Reflexões de calvinistas sobre quase tudo – inclusive, religião!

E agora, como viveremos (http://comoviveremos.com) – A sociedade pelas lentes de um antropólogo cristão pentecostal. Temas polêmicos

Renato Vargens (http://renatovargens.blogspot.com) – Traz a visão de um reformado sobre o cotidiano. Textos curtos e leves, mas afiados

Pr. Altair Germano (http://www.altairgermano.com) – Pentecostal. Exorta a melhor formação dos líderes como elemento de mudança

Genizah (www.genizahvirtual.com) – Teologia em linguagem simples e criativa. Apologética com humor. As novidades do absurdário gospel

Púlpito cristão (www.pulpitocristao.com) – Bem diversificado, é um blog engajado no combate ao estelionato religioso. Sobra até para as profetadas, inclusive aquelas com interesse político

Pavablog# (pavablog.blogspot.com) – Provocativo e irreverente. Cristianismo, política, humor e conteúdo cultural

Para variar, a teologia da prosperidade e assuntos conexos estão bombando na internet crente. Aunção financeira do pastor Morris Cerullo, que admoestou os telespectadores do programa Vitória em Cristo a doar 900 reais ao ministério de Silas Malafaia, é a campeã de acessos na blogosfera apologética. A suposta revelação pecuniária diante das câmeras, garantindo bênçãos a quem doasse a quantia, valeu uma saraivada de críticas. Diante da reação, Malafaia preferiu a retórica costumeira: “São pastores recalcados com dor de cotovelo.”

Outro que vem conhecendo o lado combatente dos blogs apologéticos é o telepastor Marco Feliciano. Suas performances teatrais – que lhe renderam fama na “meca do fogo puro”, o Balneário Camboriú (SC) – têm sido alvo de questionamentos sérios. Pior foi a “sociedade com Jesus”, proposta por Feliciano na venda de consórcios de casa própria.

Fonte: Cristianismo Hoje